UNIAGRO
Analise do mercado de carne para os próximos meses
Novidades
Publicado em 03/06/2020

O sócio-diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, afirmou que, embora a China venha renegociando valores da carne bovina que importa do Brasil, "ainda há espaço" para os frigoríficos pagarem mais pela arroba no Brasil.

"Como o dólar (diante do real) está muito bom para exportação, os importadores não são bobos (tentando baixar os preços pagos pela tonelada", disse Torres, em live promovida pela própria consultoria na noite desta terça-feira, sob o tema "Virada do mês e chegada do frio: como ficará o mercado?"

"Os importadores vêm renegociando pesadamente os preços e têm conseguido baixarem alguns casos", confirmou. Mesmo com esse movimento, porém, o consultor da Scot Hyberville Neto observou ainda que assim a carne continua bastante valorizada - o que daria margem para o pecuarista receber valores mais altos pelos bovinos. Ele contou que, em maio, a carne bovina se valorizou 13,4% em dólar.

"Ao mesmo tempo, houve valorização do câmbio de 13% no período, o que dá mais do que a valorização do boi gordo no ano, de 24%", disse Hyberville  Neto. Essa condição possibilita, então, que o importador aumente suas propostas no mercado físico do boi gordo, garantiu o consultor. "Claro que temos de ver a questões dos animais adquiridos para o mercado doméstico", avaliou.

"Mas para exportação é possível pagar mais", confirmou. Torres lembrou que atualmente, por causa da forte demanda chinesa, há quatro níveis de preços negociados no mercado físico: o de novilhas para exportação, o boi "China", o boi corrente, que é preço referência no mercado e o preço da vaca para o abate. "O boi China tem sido cotado pelo menos R$ 10 a mais sobre o preço do boi corrente", disse.

 

Fonte: Canal rural.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!