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Soja e milho acumulam alta acima de 3% em janeiro na Bolsa de Chicago
01/02/2018 10:48 em Notícia

O tempo seco na Argentina e a possibilidade de quebra de safra no país vizinho foram alguns dos fatores que colaboraram com a alta; confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo 

Os contratos da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira, dia 31, com preços mais baixos. Na última sessão do mês os fundos e especuladores adotaram uma postura defensiva, realizaram lucros e posicionaram suas carteiras.

No entanto, o balanço do mês foi positivo para a soja, com alta de 3,56% no vencimento de março. Sinais de demanda aquecida pelo produto dos Estados Unidos e, principalmente, a preocupação com o clima seco na Argentina sustentaram as cotações, que enfileiraram um longo período de ganhos na parte final do mês.

A situação na Argentina continua preocupante. Os institutos só indicam chuvas de bom volume daqui 15 dias. Com isso, cresce a possibilidade de perda no potencial produtivo daquele país, o terceiro maior produtor e exportador mundial da commodity.

Brasil

O mercado interno de soja mostrou ritmo lento nas diferentes praças de comercialização do país nesta quarta. Com queda de até 4,75 pontos nos principais vencimentos em Chicago e a volatilidade da moeda norte-americana, o dia foi de negócios escassos.

Milho

No mercado interno, alguns negócios foram reportados. O mercado brasileiro de milho ainda se depara com o mesmo perfil de negociações, volumes pouco expressivos que servem para preencher uma ou outra necessidade mais urgente.

No entanto, os consumidores estão cada vez mais ativos buscando a melhor composição possível de seus estoques avaliando um mercado ainda mais travado durante a semana do Carnaval.

Dólar e Ibovespa

O dólar fechou a quarta-feira com leve alta ante o real, mas perto da estabilidade. O dia foi de volatilidade com a espera pela decisão do Federal Reserve (FED), o banco central norte-americano, e em dia de definição da taxa Ptax de fim de mês. 

Com este cenário, o câmbio fechou em alta de 0,03%, cotada a R$ 3,181 para venda.

O mercado externo teve grande influência no comportamento da moeda, com os investidores na expectativa por pistas sobre o futuro da taxa de juros dos Estados Unidos. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) divulgou o comunicado com a manutenção da taxa de juros no país, mas trouxe a tão aguardada sinalização de que os juros já devem subir na próxima reunião, em março. 

A novidade do comunicado ficou por conta da declaração de que a inflação anual nos Estados Unidos deve acelerar este ano e se estabilizar próximo da meta de 2% no médio prazo. "O comunicado praticamente confirma a alta de juros em março, com 94% de chances, mas mantém suspense suficiente para que a expectativa de altas em 2018 não fosse alterada de 3 para 4, como se especulou antes da ata", afirmou a equipe econômica da H.Commcor. 

No primeiro mês do ano, a moeda norte-americana registrou queda de 4,04%.

O Ibovespa encerrou em alta de 0,51%, aos 84.912 pontos. O volume negociado foi de R$ 12, 611 bilhões.

Boi

O mercado físico de boi gordo teve preços estáveis nesta quarta-feira. Os frigoríficos em geral têm encontrado dificuldades na composição de suas escalas de abate, devido à relutância dos pecuaristas em negociar nos atuais patamares de preços.

De acordo com a Scot Consultoria, na média de todas as praças pesquisadas, desde o início do ano houve recuo de 2,4% da arroba do boi gordo, considerando o preço à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).

Existe a expectativa de que o início de mês, a volta de férias e a formação de estoques para o Carnaval estimulem a comercialização de carne nos próximos dias. 

O fato viria a restabelecer o fôlego das indústrias paulistas, trazendo alta na carne (com osso e desossada) e aliviando as margens apertadas de produção. Apesar da expectativa positiva, a reposição ao varejo, que já deveria estar acontecendo, não tem evoluído.

Já mercado atacadista operou com preços estáveis. O setor ainda aguarda a primeira quinzena de fevereiro, com expectativa para aumento no consumo, tanto pelo pagamento dos salários como pelo Carnaval. 

Previsão do tempo

Sul

Nesta quinta-feira, dia 1°, o tempo seco e ensolarado predomina em praticamente toda a região Sul. Condição para chuvas persistem apenas no litoral norte de Santa Catarina e também no leste do Paraná devido às instabilidades no alto da atmosfera.

Sudeste

O canal de umidade da Amazônia e também a formação de uma área de baixa pressão atmosférica entre o leste de Goiás e o Triângulo Mineiro ajudam na formação de nuvens bastante carregadas sobre o Sudeste. A chuva segue ganha força entre o leste mineiro e o Espírito Santo devido a uma rápida passagem de uma frente fria no oceano. 

Por outro lado, uma massa de ar mais seco deixa o tempo firme em grande parte de São Paulo, sul de Minas Gerais e sul do Rio de Janeiro. Pancadas de chuvas também ocorrem no litoral sul paulista, mas de forma rápida e com baixos volumes.

Centro-Oeste

Durante a quinta-feira, a chuva persiste em boa parte do Centro-Oeste e ganha intensidade até o fim da noite especialmente na metade sul de Mato Grosso, sul e leste de Goiás. As instabilidades ocorrem devido ao canal de umidade da região Norte e também da área de baixa pressão atmosférica formada entre Goiás e o Triângulo Mineiro. 

Chove forte também na metade norte de Mato Grosso do Sul, onde não se descarta o risco para tempestades. Tempo firme apenas nas áreas mais ao sul e leste do estado sul-mato-grossense.

Nordeste

A chuva volta a se espalhar em grande parte do Nordeste. Dessa vez, a chuva mais forte e com risco para temporais se concentra entre o leste do Maranhão e Piauí, devido a presença de uma área de baixa pressão atmosférica sobre essas áreas. Tempo mais seco apenas nas áreas entre o norte baiano e o Rio Grande do Norte.

Norte

As instabilidades no alto da atmosfera mantém o tempo mais fechado sobre o Norte do país na quinta-feira. Logo pela manhã, chove forte entre o nordeste do Amazonas e centro-sul do Pará, onde os risco para temporais são altos. A chuva forte pode vir acompanhada também de ventos fortes e descargas elétricas.

Fonte: canal Rural

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