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23/01/2018 11:40 em Notícia

Carcaça do boi castrado atinge o menor preço em 5 meses

O mercado físico de boi gordo teve preços predominantemente mais baixos nesta segunda-feira, 22. A queda foi expressiva em algumas regiões e a tendência é que este movimento se prolongue no restante do mês. A oferta crescente de fêmeas favorece esse comportamento, com o descarte das vacas que não emprenharam.

Segundo a consultoria Safras & Mercado, mesmo para a primeira quinzena de fevereiro, é limitado o espaço para recuperação nos preços. Já a XP Investimentos estima que consumo poderá reagir no decorrer da semana, com uma possível reposição para o início de fevereiro, mas até o momento, o escoamento ainda é lento.

No atacado, o ritmo ainda é fraco e são comuns relatos de empresas realizando promoções para estimular a venda de carne. Prova disto é que o boi casado recua consecutivamente desde o início do ano e já registra a menor média em dois meses.

O mercado de carne bovina com osso também sentiu os efeitos da retração do consumo e fechou em queda. Segundo a Scot Consultoria, a carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 9,18 o quilo, queda de 4,5% frente ao levantamento de sexta-feira, 19, atingindo o menor patamar desde agosto.

Essa desvalorização no atacado, fez a margem de comercialização das indústrias que desossam, cair abaixo da média histórica. Atualmente, segundo o indicador equivalente Scot desossa, a margem de comercialização está em 20,3% e a média histórica é de 20,4%. 

Enquanto isso, a competitividade da carne bovina segue prejudicada frente suas concorrentes (suína e frango).

Soja

Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nas principais praças do país nesta segunda-feira, acompanhando mais uma alta em Chicago e a valorização do dólar. Mas a movimentação ainda é moderada, envolvendo média de 5 mil toneladas por estado.

Milho

No mercado interno, o milho teve preços pouco alterados nesta segunda-feira, com ritmo de negócios lento e inexpressivo movimento. A perspectiva para as próximas semanas é que a logística seja direcionada para o escoamento da soja. Com isso, as negociações com o milho devem ficar em segundo plano e o frete deve se encarecer. 

Parte dos produtores estuda manter os estoques de milho ao invés de desovar e liberar espaço para a soja. Seguindo este cenário, estes produtores venderiam a oleaginosa de bate pronto, mesmo que os preços atuais não sejam agradáveis, e aguardariam por uma possível “quebra” da segunda safra de milho.

Dólar e Ibovespa

O dólar voltou a fechar em alta depois de três pregões de queda ante o real em um ajuste técnico de posições. Os investidores estão cautelosos à espera do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no caso tríplex do Guarujá (SP), na quarta-feira, 24. Com isso, o dólar avançou 0,24%, cotado a R$ 3,210 para venda.

 Depois de atingir o patamar de R$ 3,18 no início das negociações, a moeda passou a ganhar valor refletindo um movimento de proteção de algumas tesourarias bancárias, adisse o analista de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik. Ele afirmou ainda que "o dólar ficou 'barato' e ninguém quer passar descasado em 

razão do julgamento do Lula". 

 A decisão contra o petista em segunda instância tem sido pano de fundo para o comportamento do mercado que deve evitar "tomar risco", como diz o trader de renda fixa da Quantitas, Matheus Gallina.

 No mercado externo, o dólar teve comportamento variado ante as moedas. No meio da tarde, após o anúncio do acordo entre republicanos e democratas para votar o projeto de lei que autoriza gastos do governo dos Estados Unidos no 

curto prazo, garantindo a reabertura de serviços públicos paralisados deste a 

sexta-feira em razão do chamado "shutdown", a divisa perdeu com menos força frente às divisas pares. Ante as emergentes, o movimento foi de misto com 

tendência de alta. 

O Ibovespa encerrou em alta de 0,56%, aos 81.675 pontos. O volume negociado foi de R$ 7,741 bilhões.

Previsão do tempo

Sul

As instabilidades continuam ocorrendo nos três estados, com atenção especial nas áreas do Rio Grande do Sul que fazem fronteira com a Argentina até o leste catarinense, onde há riscos para fortes pancadas de chuva, acumulados bastante elevados e queda de granizo. 

Já na maior parte do Paraná, a chuva até perde um pouco da intensidade em relação aos dias anteriores, mas ainda pode causar transtornos devido ao solo já encharcado. 

No centro e oeste do Paraná a precipitação ocorre com fraca intensidade e de forma muito isolada. Mesmo com o tempo instável, as temperaturas permanecem elevadas com sensação de abafamento na maior parte dos três estados.

Sudeste

As áreas de instabilidade ganham ainda mais força nesta terça-feira, dia 23, e espalham chuva por grande parte do Sudeste, inclusive volta a chover no Espírito Santo. 

O calor segue predominando nos estados e assim favorece a formação de nuvens com pancadas, ocorrendo com maior intensidade a partir da tarde, inclusive com risco para queda de granizo no nordeste de São Paulo. 

Apenas em parte do oeste e no norte mineiro e noroeste paulista o sol continua predominando durante todo o dia.

Centro-Oeste

Nesta terça-feira a chuva volta a ganhar mais força e pode causar transtornos em pontos isolados entre o sul e norte de Mato Grosso do Sul e no norte de Mato Grosso. 

A previsão é de tempo firme no sudoeste de Mato Grosso do Sul e entre o sul e leste de Goiás e no Distrito Federal. Nas demais áreas de Mato Grosso e Goiás, a chuva é mais isolada e com menor acumulado, já no sul mato-grossense tem previsão de chuvas mais expressivas.

Nordeste

Um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) adentra mais para o continente trazendo a chuva na região sul ao litoral norte, passando pela região metropolitana de Salvador (BA) e o recôncavo baiano. Nos outros estados a chuva continua, mas ainda de forma fraca e isolada, somente em algumas regiões do Maranhão, Piauí e Ceará que esta pode ganhar mais intensidade.

Norte

Nesta terça-feira a chuva mais intensa segue entre Acre, Amazonas e Pará, nas demais áreas há apenas possibilidade de chuva isolada. A sensação de abafamento segue em todos os estados.

Fonte: Canal Rural

 

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