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22/01/2018 11:02 em Notícia

Tempo seco ajuda colheita da soja, mas tendência é de queda nos preços

No mercado interno, o dia foi de lentidão nas diversas praças de comercialização do país. Com uma semana positiva em Chicago, a oleaginosa encerrou novamente com ganhos, trazendo uma alta consistente para as cotações internas.

Entretanto, a moeda norte-americana registrou sua terceira queda seguida, impedindo uma melhor valorização nos preços. Rumores apontam que aproximadamente 60 mil toneladas foram negociadas em São Paulo ao longo da semana, onde cerca de 20 mil foram na sexta-feira.

Expectativa

O mercado segue de olho nas condições climáticas para o desenvolvimento da nova safra da América do Sul. Na Argentina, os últimos 7 dias foram positivos para as lavouras, com registro de bons volumes acumulados de precipitações na maior parte da região produtora. Apesar disso, as previsões para os próximos 14 dias indicam poucas chuvas nas principais províncias, o que pode voltar a preocupar o mercado.

Além disso, sinais de demanda pela soja dos Estados Unidos também podem chamar a atenção, embora este fator continue sendo secundário neste momento.

Os mapas climáticos apontam para um tempo seco sobre a faixa central do Brasil nos próximos 7 dias, o que deverá favorecer o início dos trabalhos de colheita da nova safra no Centro-Oeste e no Sudeste, regiões que já começam a colocar as máquinas em campo.

Para a região Sul, são esperadas novas chuvas nesta semana, o que deverá ser benéfico para o Rio Grande do Sul, que ainda precisa de umidade, mas pode atrapalhar o início dos trabalhos de colheita no Paraná.

Nestas condições, o Brasil se encaminha para colher mais uma grande safra, com grandes produtividades e problemas apenas localizados. Tal fato deve impedir ajustes positivos maiores em Chicago, e o mercado deverá sentir a sazonalidade da entrada da safra brasileira a partir da segunda quinzena de fevereiro.

Milho

O mercado brasileiro de milho teve estáveis na sexta-feira. No balanço da semana os preços subiram, refletindo uma postura bastante defensiva de cooperativas e produtores, o que também travou o ritmo de negócios. 

Enquanto isso, a comercialização da segunda safra de 2017 no Brasil atingiu 81,5% da produção, segundo a consultoria Safras & Mercado. Em janeiro do ano 

passado ela estava mais avançada, atingindo 91,8%.

A negociação do cereal atingiu 75% no Paraná, 96% em São Paulo, 60% em Mato Grosso do Sul, 79% em Goiás/Distrito Federal, 90% em Minas Gerais e 92% no Mato Grosso. 

De acordo a XP Investimentos, as atenções começam a virar para o início da colheita de soja. A expectativa é que a colheita inflacione o transporte de grãos e limite a chegada de cargas de outros estados, deixando os compradores dependentes do milho diferido (mais caro). 

Por mais que pareça contraditório, alguns informantes relataram que parte dos produtores optaram por manter os estoques de milho ao invés de desovar e liberar espaço para a soja. Seguindo este cenário, estes produtores venderiam a oleaginosa de bate pronto, mesmo que os preços atuais não sejam agradáveis, e aguardariam por uma possível “quebra” da segunda safra de milho. 

O tempo mais seco no Brasil Central e a previsão de veranico para a próxima semana, inclusive, viria a favorecer a colheita e a logística da oleaginosa. Apesar disso, a colheita só deve ganhar volume em 15 a 20 dias.

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a sessão de sexta-feira perto da mínima de R$ 3,200 em dia de menor fluxo de negociações, além do  clima de cautela em função da situação da lei de gastos dos Estados Unidos. 

Diante disso, a divisa norte-americana se desvalorizou em 0,24%, cotada a R$ 3,201 para venda. Já o contrato para fevereiro operava em queda de 0,29%, a R$ 3,203. 

De acordo com o economista da Guide Investimentos, Ignacio Crespo, o dólar vem em um movimento de enfraquecimento há alguns dias, se comparando com meses atrás. O impasse na votação do acordo da lei de gastos só contribuiu para o câmbio se manter fraco.

 O Senado americano teria até a sexta para aprovar a extensão do financiamento ao governo dos Estados Unidos. A Câmara dos Deputados aprovou a medida, mas caso o projeto não seja aprovado pelo Senado, o governo norte-americano ficará parcialmente paralisado. Isso resultou em um dólar sem direção única frente às principais moedas pares e às emergentes. 

 Além do cenário externo, os investidores ficaram cautelosos à espera da próxima semana. Nesta quarta-feira, dia 24, tem o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância. Lula já foi condenado em primeira instância pelo juiz federal Sergio Moro. "A proximidade da decisão no TRF-4 [Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região] também contribuiu para que a divisa norte-americana se depreciasse", afirmou a equipe econômica da Correparti Corretora. 

O Ibovespa encerrou em alta de 0,32%, aos 81.219 pontos. O volume negociado foi de R$ 8,382 bilhões.

Boi

O mercado físico de boi gordo teve preços entre estáveis a mais baixos na sexta-feira. Os frigoríficos, que em sua maioria conseguiram alongar a escala de abate desta semana, aproveitaram esta situação e lançaram preços abaixo da referência para “testar” o mercado. 

A maior desvalorização na comparação semanal ficou por conta do Tocantins e Minas Gerais, estados onde a arroba caiu 3% e 2,8%, respectivamente, segundo a Scot Consultoria.

Diante dessa pressão de baixa, os pecuaristas tentam se organizar para ofertar pouco, mas o efeito tem sido limitado. Isto porque, as indústrias reduziram o ritmo de abate e, consequentemente, a necessidade de compra de boiadas.

No mercado atacadista, os preços ficaram estáveis. A perspectiva ainda é por alguma queda no curto prazo, em linha com o lento escoamento da carne no decorrer da segunda quinzena do mês. 

Enquanto isso, a concorrência entre as principais proteínas de origem animal segue muito acirrada em meio à lenta recuperação econômica, fator que acentua o viés de baixa nos preços.

Previsão do tempo

A madrugada desta segunda-feira, 22, começa com instabilidades atuando no centro-sul do país. Um corredor de umidade da Amazônia e uma região de baixa pressão no Paraguai favorecem a formação de nuvens de chuva e afetam os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e a região Sul. 

A chuva começou no decorrer da tarde do domingo e se manteve ao longo da noite e madrugada, levando acumulados elevados para o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e faixa litorânea do Paraná e São Paulo. 

Também são observadas pancadas de chuva se espalhando na região norte, associadas à instabilidades na região tropical, assim como no norte da região Nordeste. 

Já a faixa entre Minas Gerais, Espirito Santo e Bahia, o tempo se mantém firme e com pouca nebulosidade no céu. 

Sul

Nesta segunda-feira, o tempo segue abafado no Sul do país e com previsão de chuva. A partir da tarde as chuvas se intensificam no oeste da região por causa da presença de uma baixa pressão atmosférica entre Argentina e Paraguai, a qual favorece a formação de nuvens carregadas, principalmente sobre o oeste gaúcho. 

Porém, uma outra área de baixa pressão que atua sobre o litoral sul gaúcho também vai trazer chuva e possibilidade para queda de granizo em áreas do sudeste do estado. 

Entre os três estados da região, a chuva vem acompanhada de trovoadas e rajadas de vento, que ganham mais intensidade no litoral do Rio Grande do Sul. 

Sudeste

A chuva avança um pouco mais para o norte da região, atingindo o centro-sul mineiro e algumas áreas do Espírito Santo. A partir tarde, a condição para chuva aumenta, podendo ser com forte intensidade sobre São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais e do Espírito Santo. 

As temperaturas máximas seguem mais elevadas a oeste da região, porém com a umidade elevada, a sensação é de tempo abafado a tarde sobre todo o Sudeste.

Centro-Oeste

A semana começa marcada por chuvas em pontos isolados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e maior parte de Goiás. Porém, o tempo continua firme e com umidade relativa do ar baixa no leste goiano.

Nordeste

Os ventos úmidos que sopram do mar voltam a trazer chuva fraca e isolada para o litoral da Bahia nesta segunda-feira. Já os ventos no alto da atmosfera ainda mantém o tempo seco na maior parte do estado e também provoca chuva forte entre Maranhão e Piauí. Nos demais estados a chuva ocorre com menor intensidade e de forma mais isolada.

Norte

Na região Norte, a segunda-feira será marcada por tempo instável e chuvas espalhadas por todos os estados, com os maiores volumes ocorrendo no Acre, Amazonas e Pará. 

O tempo continua abafado em toda a região. Em Roraima as chuvas serão muito isoladas e o sol predomina na maior parte do dia, as máximas passam dos 34°C na capital do estado.

Fonte: Canal Rural

 

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