Boi gordo inicia a semana com preços firmes
O mercado físico de boi gordo abriu a semana com preços firmes. Segundo a consultoria Safras & Mercado, o viés deve permanecer positivo para os preços pelo menos ainda ao longo desta semana. "Já para a véspera do Ano-Novo a tendência é de um mercado bem mais lento", disse o na analista Fernando Iglesias.
A oferta de animais prontos para o abate segue bastante restrita, o que dá sustentação para os preços do boi gordo. A previsão é de melhora na oferta apenas durante o primeiro bimestre do próximo ano.
Parte dos frigoríficos, os que ainda estão com escalas para esta semana, oferece preços acima da referência, já que quanto mais próximo do período de festas, menor o volume de negociações.
Por outro lado, há frigoríficos com escalas mais confortáveis, e estes aproveitam o início da semana para testar o mercado e oferecer preços abaixo da referência. Entretanto, nesses patamares, os negócios travam.
Já o mercado atacadista teve preços estáveis. A reposição entre o atacado e o varejo permanece rápida e as exportações continuam com volumes expressivos, fatores que indicam que os preços devem continuar subindo se a demanda continuar firme.
Dólar e Ibovespa
Apesar de fechar o pregão em queda influenciado pelo mercado externo, o dólar continua encostado no patamar de R$ 3,30 ainda sentindo os efeitos da reforma da Previdência. A moeda norte-americana fechou com recuo de 0,27%, cotada a R$ 3,299 para venda, enquanto que o dólar futuro operava em queda de 0,06%, a R$ 3,2965.
"O cenário externo fez o dólar perder valor ante as principais moedas e as emergentes principalmente por causa da valorização das commodities, como o petróleo. Mas ainda assim temos uma questão indefinida do ponto de vista político e existe um receio em ficar comprado em real nessa virada de ano", comenta o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.
Para o diretor de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho, "a expectativa de ingresso de divisas, a divulgação de um Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) positivo e, acima de tudo, a ausência do componente especulativo da reforma da Previdência brasileira, contribuíram para um pregão mais calmo".
Com o adiamento da votação da reforma da Previdência para fevereiro de 2018, o cenário externo ganha mais peso na precificação do câmbio no mercado local. Porém, "os investidores monitoram as movimentações em torno das eleições de 2018, e os riscos de rebaixamento da nota de crédito do Brasil. Sem a reforma, ainda se espera uma trajetória crescente da relação dívida pública sobre PIB", avalia a equipe econômica da Guide Investimentos em relatório.
O Ibovespa encerrou com alta de 0,70%, aos 73.115,45 pontos. O volume negociado foi de R$ 14,201 bilhões.
Soja
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais baixos. As chuvas do final de semana na Argentina aliviaram o estresse hídrico das lavouras e pressionaram a oleaginosa.
A previsão é de mais chuvas nesta semana e de retorno do clima seco no período de 6 a 10 dias. A perspectiva de uma ampla oferta mundial vai se consolidando.
A produção brasileira de soja na safra 2017/2018 deverá totalizar 114,5 milhões de toneladas, com aumento de 0,3% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 114,23 milhões de toneladas. A previsão é de Safras & Mercado. Na comparação com o relatório anterior, houve uma retração de 140 mil toneladas.
Nem mesmo sinais de demanda firme pelo produto dos Estados Unidos foram suficientes para impedir as perdas na bolsa internacional. Os exportadores privados americanos anunciaram a venda de 396 mil toneladas para a China. O resultado das inspeções de exportação semanal também foi considerado positivo.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1,7 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 14 de dezembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1,2 milhão de toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1,7 milhão toneladas.
No Brasil, o mercado teve um dia travado e de preços mais baixos. A combinação de perdas em Chicago e desvalorização do dólar afastou os negociadores do mercado.
Milho
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços perto da estabilidade. De um lado, o mercado recebeu pressão do retorno das chuvas na Argentina, aliviando o estresse hídrico das lavouras. Em contrapartida, a queda do dólar frente a outras moedas equilibrou as cotações.
As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 594,2 mil toneladas na semana encerrada no dia 14 de dezembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Na semana anterior os embarques haviam atingido 717,9 mil toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 805,2mil toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1° de setembro, as inspeções somam 9,1 milhões de toneladas, contra 15,4 milhões de toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
No mercado interno, o milho teve uma segunda-feira de preços firmes. As cotações seguem com melhor sustentação no Sudeste, diante da oferta mais restrita. O mercado segue em ritmo lento na comercialização, ante as festividades de final de ano
Previsão do tempo
A madrugada desta terça-feira, dia 19, começa com nuvens carregadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, onde ocorrem pancadas de chuva. Na região Sul e Sudeste o céu também não fica aberto, mas não chove, sendo que a nebulosidade é mais expressiva nas faixas litorâneas, devido aos ventos que sopram do oceano.
Sul
Nesta terça-feira, áreas de instabilidade espalham pancadas de chuva com trovoadas entre o norte do Rio Grande do Sul e o Paraná. Até o final do dia uma região de baixa pressão atmosférica no Paraguai também reforça as instabilidades. Os volumes de água não são tão expressivos quanto no dia anterior, mas ainda não se descarta chuva forte. Em relação à temperatura, o grande contraste térmico do dia anterior diminui e isso dificulta que os ventos soprem tão intensos quanto os do início da semana.
Sudeste
Uma área de baixa pressão atmosférica no oceano e uma área de instabilidade ainda espalham chuva por todo o Sudeste. A chuva ganha força em São Paulo e no sul mineiro. As temperaturas continuam bastante elevadas e, com a combinação de calor e umidade, há risco para pancadas de chuva forte e até mesmo queda de granizo, principalmente entre o interior de São Paulo e de Minas Gerais. Entre o Rio de Janeiro, Espírito Santo e o leste mineiro, a condição para chuva é pequena e se houver será bem isolada, e além disso o calor predomina.
Centro-Oeste
A chuva continua bastante irregular no Centro-Oeste, mas ganha força na faixa oeste e noroeste de Mato Grosso. Um sistema ajuda também a espalhar pancadas de chuva isoladas para grande parte do Brasil central, mas podendo chover em uma cidade e na outra não. As temperaturas se mantém elevadas em toda a região, e com isso há potencial para queda de granizo em alguns municípios.
Nordeste
Os ventos úmidos do mar seguem levando chuva fraca preferencialmente no final do dia para quase todo o litoral nordestino. Já no Maranhão, instabilidades associadas aos ventos no alto da troposfera provocam trovoadas e chuva forte ao longo do dia. Nas demais áreas da região a chuva ocorre em forma de pancadas mais localizadas e com menor intensidade. Na região central da Bahia, o tempo fica mais firme e o calor é intenso.
Norte
A Zona de Convergência Intertropical leva chuva forte para o norte do Amapá. Os ventos na alta atmosfera organizam instabilidades e temporais principalmente entre Acre, oeste do Amazonas e Rondônia, com elevados volumes acumulados, algo que favorece o aumento do nível dos rios da região. Nas outras áreas, a chuva vem de maneira mais isolada e preferencialmente à tarde, apenas em Roraima que o tempo continua firme.
Fonte: Canal Rural