O grupo é contra a alta dos preços; segundo o Procon do estado, o lucro bruto dos postos subiu 120% por litro de etanol vendido
Os agricultores de Goiás começam a sentir os reflexos de um protesto que acontece desde a última segunda-feira, dia 13, que bloqueou a distribuição de combustíveis em diversas regiões do estado.
Durante o programa Mercado e Cia desta terça-feira, dia 14, produtores rurais enviaram mensagens relatando a falta do insumo na região para o uso em máquinas agrícolas. “Nós estamos indo buscar o combustível em cidades vizinhas, como Jataí (GO), que é 50 quilômetros distante”, explicou o produtor rural Erlane Carvalho.
Diversos motoristas aderiram ao um protesto contra a alta dos preços no estado, trancando a saída de caminhões carregados de combustíveis das distribuidoras. De acordo com o presidente da Cooperativa de Motoristas Particulares do Estado de Goiás (Coompago), Frabrício Nélio Feitoza, empresa que está à frente da manifestação, já são mais de 400 pessoas protestando.
O Procon do estado ingressou com uma ação civil pública em desfavor de 60 postos de combustíveis. Eles são investigados de aumentar sem justificativas o lucro bruto por litro de etanol vendido. Conforme apuração da entidade, foi verificado que o lucro bruto dos postos de combustíveis saltou de R$ 0,24 para R$ 0,53 por litro de etanol vendido, o que representou um incremento de mais de 120% na margem.
Também foi constatado que enquanto as distribuidoras de combustível reajustaram o preço do etanol em 3,55% no período de julho a novembro de 2017, os postos reajustaram os preços em 14,29% no mesmo período, o que representa um reajuste 4 vezes maior.
A ação civil pública pede que os postos de combustíveis reduzam sua margem de lucro em R$ 0,24 centavos, ou, 10% do valor praticado em julho de 2017, sob pena de multa diária para cada estabelecimento no valor de 10 mil reais.
Fonte: Canal Rural