Soja
O mercado tem reagido em altas e baixas nestes últimos dias, após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) da última semana.
Movimentos impulsionados por momentos técnicos deixam a Bolsa de Chicago (CBOT) sem uma tendência clara, no curto prazo. A expectativa a partir de agora é que o mercado se mantenha desta forma até que algum fator climático na América do Sul comece a preocupar. Este fator poderá ser as incertezas com as chuvas na Argentina nas próximas semanas, entretanto ainda é cedo para qualquer afirmação conclusiva.
Uma das principais operadoras de commodities agrícolas da China, a Cofco, em uma conferência de comércio no sul chinês, anunciou que o país deverá importar 100 milhões de toneladas de soja mundial no ano comercial 2017/2018.
O aumento de 3 milhões de toneladas em relação as atuais estimativas do USDA, de 97 milhões de toneladas, coloca um parâmetro positivo para a tendência de longo prazo nos preços da soja.
Enquanto isso, segundo a consultoria AgResource, o plantio da soja no Brasil atinge 68,7% nesta semana, contra 72% no mesmo período do ano passado.
Dólar e Ibovespa
A última referência do dólar, que é da terça-feira, indica uma alta, com a moeda chegando ao maior patamar em 5 meses. O câmbio subiu 0,42%, a R$ 3,312.
O movimento aconteceu devido ao cenário de estresse no mercado global, que impactou todas as moedas de países emergentes. A percepção de aumento no risco nessas economias e a queda no preço de commodities também contribuíram para a depreciação das moedas.
O Ibovespa encerrou com queda de 2,27%, aos 70.826 pontos. O volume negociado foi de R$ 11,077 bilhões.
Milho
O milho na Bolsa de Chicago expressou uma leve reação durante o pregão desta quarta-feira, dia 15.
O mercado aguarda exportações mais fortes para o cereal norte-americanas, já que isso traria algum otimismo aos preços de forma sustentável. Contudo, há pouco espaço para novas fortes baixas na bolsa internacional antes que a safra da América do Sul seja definida a partir do clima nas próximas semanas.
Boas chuvas previstas ainda em novembro para o Brasil e Argentina acomodam expectativas de alta de curto prazo em Chicago. Talvez os efeitos mais preocupantes da incidência do fenômeno La Niña surjam apenas a partir de janeiro. Até lá, mercado terá a demanda mundial de milho e as exportações dos EUA como fatores de suporte nos preços.
Café
O café na Bolsa de Nova York (Ice Futures US) encerrou a quarta com cotações mais baixas. O mercado continua monitorando as altas temperaturas aqui no Brasil que pode impactar as floradas nos cafezais. Em relação ao conilon, a colheita do produto no Vietnã traz um cenário de fundamento mais baixista para a bolsa internacional.
Boi
A última referência do mercado, que é da terça-feira, dia 14, indica uma sustentação nos preços do boi gordo. No dia, houve alguns frigoríficos em São Paulo que pagaram até R$ 2 a mais por arroba para compor as escalas desta semana.
A expectativa é que se o consumo ganhar ritmo, junto ao encurtamento das programações e estoques das indústrias, um cenário de preços firmes para o boi pode se confirmar.
Previsão do tempo
A madrugada desta quinta-feira, dia 16, é marcada por pancadas de chuva do Amazonas até Goiás e Maranhão. Mas, o destaque é o aumento da nebulosidade nas áreas do Rio Grande do Sul que fazem fronteira com o Uruguai, por conta da aproximação de uma frente fria, que já causam rajadas de vento de mais de 70 quilômetros por hora em alguns municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Sul
A passagem de uma frente fria pela costa da região Sul muda o tempo nos três estados. Tem previsão de pancadas de chuva com trovoadas, rajadas de vento, acima dos 60 quilômetros por hora, e até mesmo eventual queda de granizo do Rio Grande do Sul ao Paraná.
A área com os temporais mais intensos acontece no centro do estado gaúcho. Em boa parte desse estado, como a chuva vem mais cedo, não deixa o calor ser tão intenso. Por outro lado, entre Santa Catarina e o Paraná e o noroeste do Rio Grande do Sul, os ventos ainda sopram um ar mais aquecido do interior do país, o que mantêm à tarde quente mesmo com a chuva.
Sudeste
A primeira parte do dia continua com tempo firme e apenas variação na quantidade de nuvens sobre o Sudeste. A temperatura ainda fica elevada e a sensação de calor até aumenta em relação ao dia anterior entre São Paulo e o Rio de Janeiro, por causa da intensificação dos ventos que sopram de norte.
A partir da tarde, áreas de instabilidade tropicais geram nuvens carregadas e chuvas passageiras em todo o estado paulista, boa parte de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A chuva pode vir com trovoadas, só que os maiores acumulados são esperados na região do Alto Paranaíba e parte do norte mineiro.
Centro-Oeste
O destaque no Centro-Oeste é o retorno das pancadas de chuva de forma isolada sobre o sul de Mato Grosso e de Goiás, além do oeste e sul de Mato Grosso do Sul. Essas instabilidades crescem no final do dia e se espalham pelo restante de Mato Grosso e de Goiás.
Por outro lado, a chuva é rápida e não acumula grandes volumes na maior parte das regiões, com exceção do extremo do oeste goiano e do norte mato-grossense, onde os acumulados são elevados, com riscos para alagamentos.
O calor segue intenso, mesmo com as nuvens carregadas. Destaque ainda para a sensação de abafamento em Mato Grosso do Sul no meio da tarde.
Nordeste
O tempo fica firme e ensolarado apenas numa faixa que vai do extremo norte maranhense até uma porção noroeste da Bahia, passando pelo Ceará, Rio Grande do Norte e o agreste de Pernambuco. Além disso, no meio da tarde, áreas de sertão registram umidade relativa do ar baixa. Nas demais regiões nordestinas, áreas de instabilidade mantêm nuvens carregadas e chuvas intercaladas a períodos de melhoria. A precipitação é mais pesada no litoral e na metade sul da Bahia.
Norte
A chuva se torna mais intensa entre o sul de Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia e entre o sul do Pará e Tocantins. Apesar disso, em Tocantins, Pará e Amapá, a maior parte do dia apresenta sol com variação de nuvens, sensação de abafamento e somente no final do dia é que chove de forma passageira.
Fonte: Canal Rural