Além do câmbio, a demanda externa mais firme e a retração dos produtores rurais na hora comercialização de grandes lotes ajudaram na puxada do grão
Em outubro, os valores da soja em grão e do farelo alcançaram os maiores patamares dos últimos três meses; para o óleo, o preço foi o maior dos últimos nove meses.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as valorizações do complexo da soja estão atreladas à firme demanda externa e à retração de produtores da comercialização de grandes lotes, visto que as ofertas para entrega em 2018 têm preços mais elevados.
Além disso, as cotações foram impulsionadas pela valorização do dólar, que teve média de R$ 3,195 em outubro, a maior desde julho deste ano, em termos nominais.
Neste cenário, a média do indicador da soja Esalq/BM&FBovespa em Paranaguá (PR) registrou alta de 1,5% entre setembro e outubro, a R$ 71,47 a saca no mês passado, a maior desde julho, em termos reais.
O indicador Cepea/Esalq com referência no Paraná avançou 2,3% na mesma comparação, com média de R$ 66,48 a saca no mês passado, também a maior dos últimos três meses.
Quanto ao farelo, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços subiram fortes 5,2% entre setembro e outubro. Em 21 das 35 regiões acompanhadas, a média de outubro foi a maior dos últimos três meses, em termos nominais.
Já para o óleo de soja, os preços são os maiores desde janeiro, em termos reais, com média de R$ 2,753,19 a tonelada (posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS) em outubro.
Fonte: Canal Rural