O mercado físico do boi gordo começou a ter reação nos preços. Segundo a consultoria Safras & Mercado, a demanda está dando sinais de aquecimento, diante da reação nos preços da carne bovina no atacado.
No entanto, os frigoríficos ainda carregam algum conforto em suas escalas de abate, o que pode limitar a valorização dos preços do boi em algumas praças.
Já o mercado atacadista teve preços mais altos em alguns cortes. Essa reação nos preços está ligada a uma melhora na reposição entre as cadeias, e a expectativa é que esse movimento se acentue na primeira quinzena de novembro.
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial fechou as negociações em baixa de 0,30%, cotado a R$ 3,271 para compra e a R$ 3,273 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,266 e a máxima de R$ 3,303.
O Ibovespa encerrou com queda de 0,66%, aos 74.308 pontos. O volume negociado foi de R$ 9,595 bilhões.
Soja
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam perto da estabilidade. Na última sessão de outubro, ajustes técnicos e posicionamento de carteira propiciaram um dia de muita volatilidade. No mês, no entanto, a posição novembro subiu 0,56%.
Pelo lado positivo aos preços, Chicago recebeu suporte das perspectiva de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve reduzir a previsão de rendimento americano. Na segunda-feira, dia 30, o órgão indicou que 83% da safra foi colhida.
Alguns relatos dão conta que a produtividade das lavouras colhidas mais tarde ficou aquém do esperado, o que motivaria o corte no relatório que será divulgado na semana que vem.
Mas qualquer reação foi limitada pelo cenário fundamental. A safra dos Estados Unidos será cheia, provavelmente recorde. Para a América do Sul, a previsão de chuvas sinaliza boa evolução do plantio da nova safra.
No mercado brasileiro de soja, o dia ficou praticamente sem negócios e com preços oscilando de maneira variada. A queda do dólar e a volatilidade da bolsa afastaram os negociadores do mercado.
Milho
A Bolsa de Chicago para o milho registrou preços mais baixos nesta terça-feira, 31. O mercado seguiu as perdas do trigo e foi pressionado pelo ingresso de maiores volumes de oferta de milho norte-americano, diante do avanço da colheita no país.
Até o dia 29 de outubro, a área colhida estava em 54%. Em igual período do ano passado o número era de 73%. A média para os últimos cinco anos é de 72%. Na semana passada, o número estava em 38%.
No Brasil, o mercado registrou preços firmes e houve avanço nas cotações em algumas praças. A retenção da oferta por parte dos produtores garante a sustentação das cotações, com alguns compradores tendo dificuldades para a composição dos estoques.
Café
O café arábica na Bolsa de Nova York (Ice Futures US) encerrou as operações da terça-feira com preços mais baixos diante da combinação de dólar firme, que é fator de estímulo à competitividade, e fatores técnicos. As condições climáticas favoráveis à safra brasileira do próximo ano, com boas chuvas sobre o cinturão cafeeiro, mantêm o fator baixista fundamental.
Já o mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de preços de estáveis a mais baixos. As cotações foram pressionadas pelas perdas na bolsa. Com isso, o dia foi calmo na comercialização, com grandes compradores, exportadores, se mantendo fora do mercado.
No balanço de outubro, o contrato dezembro acumulou uma baixa de 2,3%.
Fonte: Canal Rural