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Previsão do tempo: como será novembro?
31/10/2017 11:20 em Notícia

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Após o início de uma primavera com chuva abaixo do normal e temperatura muito acima esperado no Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, a precipitação se espalha pelo país neste mês de novembro, segundo a Somar Meteorologia.

De acordo com a média de dez simulações meteorológicas, choverá pelo menos 200 milímetros desde o noroeste do Rio Grande do Sul até areas de divisa entre a Bahia e Tocantins passando por boa parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Apesar do acumulado razoável, ele ainda não será suficiente para que alcance a média histórica, nos casos do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Mato Grosso, sul do Pará, norte de Rondônia, Amazonas e Roraima.

Por outro lado, o acumulado passará a média histórica no noroeste do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, sudoeste de Mato Grosso, sul de Rondônia e no Acre.

Detalhando-se a distribuição da chuva durante o mês, a maior parte da precipitação acontecerá na segunda quinzena no Brasil. Na primeira quinzena, inclusive, esperam-se algumas áreas com baixo acumulado de chuva, casos do centro, sul e oeste do Rio Grande do Sul, norte do Nordeste e sul de Mato Grosso.

Já na segunda quinzena, a chuva espalhará com acumulado mínimo de 50 milímetros na maior parte do país. Em Minas Gerais, algumas regiões receberão mais de 150 milímetros. Por conta da chuva mal distribuída, a temperatura permanecerá acima da média na maior parte do Brasil, mas os desvios serão mais modestos que os registrados em novembro.

Somente no noroeste de Minas Gerais, Distrito Federa, norte de Goiás, Tocantins e sul dos estados do Maranhão e do Piauí, a temperatura será mais elevada, com desvios acima dos 2°C. Boa parte do calor acontecerá na primeira quinzena do mês. 

Dólar e Ibovespa

Após uma abertura fraca, o dólar comercial ganhou força ao longo do pregão e fechou em alta de 1,17%, a R$ 3,283 para venda, com os investidores digerindo a pesquisa Ibope sobre as eleições presidenciais de 2018 e aguardando uma semana de agenda cheia nos Estados Unidos. 

A pesquisa Ibope trouxe à frente da corrida eleitoral de 2018 nomes que desagradam o mercado, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva liderando as intenções de voto, seguido do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, havia declarado que acha interessante a possibilidade de ser candidato à vice-presidência da República em 2018, sem citar possíveis candidatos.

No cenário externo há também alguma cautela, com destaque para a expectativa de que seja anunciado nesta semana qual será o novo presidente do Federal Reserve (FED), que é o banco central norte-americano, que irá substituir Janet Yellen. Ainda nos Estados Unidos, a semana ainda conta com a decisão do FED sobre a taxa de juros e indicadores relevantes, como sobre o mercado de trabalho no país. 

O Ibovespa encerrou com queda de 1,55%, aos 74.800 pontos. O volume negociado foi de R$ 10,324 bilhões.

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira, dia 30, em baixa e revertendo os ganhos iniciais. A expectativa de bom avanço na colheita dos Estados Unidos pressionou o mercado. 

No início do dia Chicago subiu, impulsionado pela boa demanda pela soja americana, pela previsão de clima seco no Brasil e pela possibilidade do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduzir a estimativa de produtividade no relatório de novembro, que será divulgado na próxima semana.

Em relação ao clima na América do Sul, a atualização dos boletins mostrou um quadro menos preocupante. Neste momento, o Centro-Oeste precisa de chuva para acelerar o plantio. 

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 2,505 milhões de toneladas na semana encerrada no dia 26 de outubro. Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 2,585 milhões de toneladas. 

As exportações americanas da atual temporada já chegaram a 20% do projetado para o ano. O número supera a média histórica de 16% e está um pouco abaixo dos 23% do ano anterior. Mesmo assim, o cenário é de boa procura pelo produto dos Estados Unidos. 

Em relação à colheita dos Estados Unidos, o USDA indicou que os trabalhos de campo já estão em 83%, contra 85% no mesmo período do ano passado. A média dos últimos 5 anos é de 84% e na semana passada a colheita estava em 70%.

No Brasil, os preços da soja não apresentaram um comportamento uniforme nesta segunda. A Bolsa de Chicago recuou e o dólar só subiu forte na parte final da sessão. O ritmo dos negócios foi lento. 

Milho

O milho na bolsa internacional registrou preços mais altos. A sessão realizada no início da semana foi marcada pela volatilidade e o avanço da colheita segue como principal elemento de pressão sobre o mercado, o que é bastante natural nesta época do ano. 

De acordo com o USDA, até o dia 29 de outubro, a área colhida estava em 54%, contra 73% do mesmo período do ano passado. A média para os últimos cinco anos é de 72% e na semana passada, o número estava em 38%.

Já em relação à condição da safra, não houve alteração de uma semana para a outra. 66% estão em boas condições, 23% em situação regular e 11% em condições muito ruins.

O clima na América do Sul ainda segue como um fator determinante de formação de tendência de médio prazo. Da mesma maneira que o relatório de oferta e demanda, a ser divulgado na primeira quinzena de novembro, também oferecerá um importante norte para o mercado.

Já o mercado brasileiro iniciou a semana com alguns negócios. No geral, os produtores em diversos estados ainda optam pela retenção da oferta, enquanto que determinados consumidores ainda encontram dificuldades na composição de seus estoques.

Café

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (Ice Futures us) foram pressionadas pelo dólar firme contra o real no Brasil e por fatores técnicos, com o mercado buscando uma acomodação. 

Os investidores seguem monitorando as condições climáticas para as lavouras brasileiras, que melhoraram nessa segunda metade de outubro, com vistas à safra do ano que vem. 

Já no mercado brasileiro a segunda-feira foi de preços estáveis. Os compradores e exportadores estiveram cautelosos ante a volatilidade da bolsa e diante da boa alta do dólar, não repassando isso ainda para o mercado interno. Continua uma maior movimentação e negociações para cafés de qualidade mais fraca.

Boi

O mercado físico do boi gordo seguiu a segunda-feira com preços acomodados. O ritmo de negócios segue bastante lento.

No cenário da pecuária há dois cenários no momento. O primeiro é em relação aos lugares onde a oferta começa a ter incremento, em função das boiadas confinadas que começam a ser entregues. Se observa uma quantidade maior de lotes maiores sendo negociados, para compor as escalas de abate dos frigoríficos. Nessas regiões a pressão é de contenção da cotação.

Outro cenário são das regiões onde a oferta está escassa, devido à forte seca. Esse cenário é comum principalmente na região Norte do país. Isso tem causado achatamento das escalas e é possível ver indústrias com apenas um dia de programação. Consequentemente, os preços, nestes casos, se não têm força para altas, devido à demanda, também não há espaço para queda, e isso mantém as cotações firmes.

Sazonalmente o consumo ganha força no último bimestre do ano, devido ao décimo terceiro salário. Também vale destacar os feriados prolongados, que podem aumentar a demanda pela carne.

Fonte: Canal Rural

 

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