Com exemplares de alta genética e grande valorização, cresce procura por proteção de riscos a cavalos e bovinos
O seguro para animais ainda não é uma ferramenta tão utilizada quanto o seguro rural. No entanto, a proteção contra riscos a bovinos e equinos tem crescido nos últimos anos – tanto para animais de elite quanto para rebanhos comerciais.
No setor de equinos, o limite da apólice é de R$ 500 mil por cavalo. O custo é de 4% a 5,5% sobre o valor do animal, e varia de acordo com raça, idade e região. O seguro pode ser feito em todas as competições equestres, com exceção de rodeios. Corretora de seguros há mais de dez anos, Karen Matieli conta que há até uma modalidade específica para reembolso cirúrgico.
“Se o animal iniciar o processo de cólica por exemplo, o veterinário o transfere para um hospital veterinário e toda a cirurgia e despesas decorrentes do evento estão cobertas pelo reembolso”, diz.
No ano passado, os proprietários do Haras Piratininga fizeram o seguro de seu principal reprodutor, o garanhão Franco, de 4 anos. Na época, 50% do animal foi comprado por R$ 350 mil, um alto investimento que merece ser preservado. O gerente Marcelo Boaro Junior conta que esse foi o primeiro cavalo do haras a ser segurado, mas, de lá para cá, outros três exemplares seguiram o mesmo caminho. “O critério é o valor do animal, o quanto ele custa no mercado, e também é uma maneira de a gente se resguardar do valor genético”, diz.
O haras contratou o seguro logo após a compra do garanhão. O serviço garante reembolso total em caso de morte e acidentes com o cavalo durante o transporte.
Bovinos
Na pecuária existem duas modalidades de seguros. Uma delas é voltada para gado de elite, com apólice máxima de R$ 300 mil por animal e taxas que variam entre 4% a 4,5% do valor do bovino. A segunda opção é para rebanho comercial, com taxas que vão de 0,8% a 2,8% sobre o valor total do lote, que é calculado pelo número de arrobas. Este tipo de seguro não cobre furtos. A corretora Karen Matieli afirma que, se houver um incidente desse tipo, mesmo havendo um boletim de ocorrência, não há como comprovar que houve morte do animal.
Na Fazenda Naviraí, optou-se por fazer o seguro pecuário de elite para um touro que será vendido nas próximas semanas. “Nós asseguramos o animal pelo valor máximo durante um ano. É uma segurança para quem comprar o animal, de alto valor agregado e que não tem estoque grande de sêmen na central, porque tudo o que ele produz é vendido”, diz o gerente da propriedade, Alan Ventura.
Na pecuária leiteira, o custo do seguro para rebanho comerciais é de 8% do valor total do lote. De acordo com a corretora Karen Matieli, há um crescimento anual de 10% a 15% no número de animais segurados nessa modalidade.
Fonte: CAnal Rural