A variável que mais impactou foi o item nutrição, com o aumento nos preços do milho e do farelo de soja
Os custos mensais de produção de suínos e frangos de corte tiveram uma alta expressiva durante o mês de setembro. De acordo com a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, o índice do custo de produção do suíno, que no decorrer do ano havia diminuído 18,46% até o mês de agosto, voltou a subir para 4,56% em setembro.
Embora o índice para o frango tenha variado praticamente na mesma proporção do que para o suíno de janeiro a agosto, o custo encerrou o mês de setembro com elevação de 2,51%, mas suficiente para voltar a inflacionar os custos de produção da atividade.
“A variável de custo que mais impactou, tanto de suíno, quanto de frango, foi o item nutrição, que é basicamente composto por milho e farelo de soja”, explicou o analista da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi. Ele lembrou ainda que o índice para o frango é calculado com base nos resultados de custos de produção para a ave de corte do Paraná, onde a tonelada de milho no atacado sofreu um aumento de 10,13%.
“Já o índice para o suíno, que é calculado utilizando como base os resultados de custos de produção oriundos do sistema de produção tipo ciclo completo em Santa Catarina, o preço da mesma tonelada de milho, obteve um incremento de 14,6% e 1,49% para o farelo de soja”, explicou. A expectativa é que nos próximos meses o preço dos insumos para as rações voltem a ter altas.
No caso dos suínos, o item nutrição obteve alta de 4,42% em setembro na relação com agosto. O mesmo item para frangos de corte obteve um aumento de 2,63%. Mesmo as despesas com nutrição voltando a dar sinais de aumento nos custos de produção, no acumulado deste ano, os custos estão em baixa de 14,82% para o frango e 13,99% para os suínos.
Com estes aumentos, o custo de produção do quilo de suíno vivo em ciclo completo em Santa Catarina passou de R$ 3,18 em agosto para R$ 3,33 em setembro. Já o custo de produção de frango de corte no Paraná passou de R$ 2,25 para R$ 2,30 por quilo vivo em setembro.
Fonte: CAnal Rural