Os preços do açúcar recuaram nesta sexta-feira (26) nas principais bolsas de Nova Iorque e Londres, mas ainda assim encerraram a semana com ganhos superiores a 2%, refletindo um movimento de correção após as altas ao longo dos últimos pregões.
Na Bolsa de Nova Iorque, os contratos fecharam o dia em leve baixa. O março/26 recuou 0,12 cent (-0,78%) e encerrou a 15,17 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,09 cent (-0,60%), negociado a 14,81 cents/lbp. O julho/26 cedeu 0,03 cent (-0,20%) e terminou o pregão a 14,83 cents/lbp, enquanto o outubro/26 registrou queda de 0,02 cent (-0,13%), fechando a 15,11 cents/lbp.
Em Londres, não houve sessão nesta sexta-feira em razão do feriado, e os contratos permaneceram inalterados. O março/26 seguiu cotado a US$ 435,20 por tonelada, o maio/26 a US$ 432,30 por tonelada, o agosto/26 a US$ 428,40 por tonelada e o outubro/26 a US$ 426,70 por tonelada.
Apesar do recuo no último pregão, o desempenho semanal foi positivo. Na comparação entre os dias 19 e 26 de dezembro, os preços em Nova Iorque acumularam ganhos relevantes. O março/26 avançou 0,32 cent (+2,15%) frente aos 14,85 cents/lbp da sexta anterior. O maio/26 subiu 0,39 cent (+2,70%), em relação aos 14,42 cents/lbp. O julho/26 apresentou a maior valorização, com alta de 0,69 cent (+4,88%) sobre os 14,14 cents/lbp, enquanto o outubro/26 ganhou 0,34 cent (+2,30%), partindo de 14,77 cents/lbp.
Em Londres, o balanço semanal também foi de alta. O março/26 acumulou valorização de US$ 9,70 (+2,28%) em relação aos US$ 425,50 por tonelada registrados em 19 de dezembro. O maio/26 avançou US$ 10,70 (+2,54%), frente aos US$ 421,60 por tonelada. O agosto/26 subiu US$ 11,00 (+2,64%), comparado aos US$ 417,40 por tonelada, enquanto o outubro/26 encerrou a semana com ganho de US$ 9,90 (+2,38%), ante os US$ 416,80 por tonelada.
Segundo análise do Barchart, os preços do açúcar em Nova Iorque sofreram nesta sexta-feira uma pressão mais intensa de liquidação, após as altas registradas no início da semana. O avanço das cotações nos primeiros pregões foi sustentado pela divulgação, na segunda-feira (22), de novas projeções da Safras & Mercado, que indicaram um cenário mais apertado para a oferta brasileira na safra 2026/27.
A consultoria estimou que a produção brasileira de açúcar em 2026/27 deve cair 3,91%, para 41,8 milhões de toneladas, ante 43,5 milhões de toneladas previstas para 2025/26. Além disso, as exportações do Brasil foram projetadas em 30 milhões de toneladas no próximo ciclo, volume 11% inferior ao do ano anterior.