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Soja e milho têm exportação recorde
Notícia
Publicado em 05/10/2017

O Brasil atingiu dois recordes neste mês de setembro nas exportações de grãos. Somou vendas externas de 5,91 milhões de toneladas de milho e de 4,27 milhões de soja em grãos. Ao todo, 10,2 milhões de toneladas desses produtos deixaram o país em um único mês

Apesar do elevado volume, os portos suportaram bem o fluxo de vendas. Alguns anos atrás, quando ainda não havia um controle de saída dos caminhões das regiões de origem de produção, as filas teriam sido quilométricas.

As vendas externas brasileiras de commodities não estiveram aceleradas apenas nesses dois produtos. Dados da balança comercial divulgados nesta segunda-feira (2) pelo Ministério do Desenvolvimento apontam ritmos intensos também em açúcar, carne bovina, suco de laranja e algodão. Minério de ferro e celulose também entraram na lista de destaque.

As exportações de produtos básicos somaram US$ 8,5 bilhões em setembro, 30% mais do que em 2016.

Esses valores de exportação foram atingidos graças a uma boa safra agrícola e à demanda externa. No caso da soja, as exportações se concentram, em geral, no primeiro semestre, deixando espaço para o milho safrinha na segunda metade do ano.

Neste ano, no entanto, o apetite dos chineses continua tão intenso que provocou recorde de exportação também dos Estados Unidos.

Os americanos firmaram contratos de venda de 3 milhões de toneladas de soja apenas na semana terminada em 21 de setembro, um volume nunca atingido antes.

Com o volume do mês passado, as exportações brasileiras de soja em grãos já atingem 61,2 milhões de toneladas, bem acima dos 49 milhões de janeiro a setembro do ano passado.

As exportações de milho acumulam 17 milhões de toneladas até setembro e deverão ficar próximas de 33 milhões de toneladas neste ano.

O Brasil volta a ocupar espaço dos Estado Unidos, cujas vendas externas do cereal não estão aquecidas.

As exportações de carnes bovina e de frango também mantêm bom ritmo. A bovina atingiu 111 mil toneladas no mês apenas com carne "in natura", 26% mais do que no ano passado. A de frango somou 355 mil toneladas, 6% mais. Já a suína teve recuo de 12% no período.

A soja mantém a liderança nas receitas com as exportações de commodities neste ano. O complexo soja já rendeu US$ 27,7 bilhões. Em segundo lugar vem minério, com US$ 14,2 bilhões.

Plantio - As recentes chuvas vão acelerar o plantio nas próximas semanas e dar melhores condições à soja que foi semeada "no pó" (terra seca), segundo Arlindo Moura, presidente da Terra Santa, um dos maiores grupos no cultivo de soja, milho e algodão do país.

Caminhando - Moura diz que pelo menos 10% da área que será destinada à soja já foi semeada nas fazendas do grupo. "O plantio se encaminha bem nas fazendas da Terra Santa", diz ele.

Chile - Os chilenos querem incrementar as exportações de alimentos para o Brasil. Até junho, eles exportaram para o país o correspondente a US$ 528 milhões, 20% mais do que no mesmo período do ano passado.

Despensa - do mundo Representantes do ProChile, uma entidade que incentiva as exportações do país, querem que o país seja a despensa do mundo. Para o Brasil, as vendas vão crescer mais em salmão, truta e azeite de oliva. O Brasil importou US$ 1 bilhão de 2016, valor que deverá ser superado neste ano, acreditam os representantes da entidade.

Mudança - Após 16 anos à frente da Abiove (Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais), Carlo Lovatelli deixa a entidade. Fábio Trigueirinho, secretário-geral, assume interinamente.

Qualitativo - O agronegócio terá grandes desafios nos próximos anos. Um deles será pensar mais no "qualitativo" da produção.

Riscos - A avaliação é de Maurício Lopes, da Embrapa. A população fica mais rica e os mercados mais exigentes. Os riscos se intensificam, segundo ele.

Tempos de gestão - Para João Adrien, diretor-executivo da SRB (Sociedade Rural Brasileira), atualmente a tecnologia está a serviço da produtividade. No próximo passo, estará a serviço da gestão.

Sempre presente - A mulher sempre esteve no agronegócio. Mas as jovens que se formarão terão o caminho mais aberto, afirma Carmen Perez, presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio.

Fonte: Canal Rural

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