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COMÉRCIO GLOBAL & AGRONEGÓCIO
Redução tarifária entre China e EUA sacode mercados globais
Publicado em 12/05/2025 10:00
Boletim

ACORDO SURPRESA ENTRE CHINA E EUA IMPULSIONA MERCADOS E ANIMA O AGRO

Em um movimento inesperado, China e Estados Unidos anunciaram neste fim de semana um acordo para reduzir suas tarifas comerciais por 90 dias, a partir de 14 de maio. A medida foi divulgada em uma declaração conjunta e considerada um sinal relevante de reaproximação entre as duas maiores economias do mundo.

Redução tarifária acordada:

  • EUA: tarifas caem de 145% para 30%

  • China: tarifas caem de 125% para 10%

  • Exclusão: taxa sobre fentanil continua em vigor

“Ambos os lados reconhecem a importância de um relacionamento econômico sustentável, de longo prazo e mutuamente benéfico”, diz a declaração oficial.

Reações imediatas nos mercados:

  • Soja (CBOT): altas de dois dígitos; julho a US$ 10,60/bushel

  • Petróleo: +2% (WTI e Brent)

  • Ouro: -3%

  • Dólar Index: +1%

  • Bolsas da Ásia: fortes altas na madrugada

  • Mercado agrícola global: euforia com possível retomada do fluxo comercial

Impactos no agronegócio:
O mercado agrícola, especialmente a soja, foi diretamente influenciado. O setor acompanha de perto as próximas etapas do acordo e espera reflexos positivos nas exportações brasileiras. Além disso, as negociações envolveram temas como:

  • Produtos agrícolas

  • Terras raras

  • Contramedidas não tarifárias

  • Criação de mecanismo permanente de diálogo comercial entre os países

Declarações de destaque:

“O que houve com essas tarifas foi o equivalente a um embargo... Nenhum dos lados quer dissociação.” – Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA

“Fizemos um progresso substancial.” – He Lifeng, Vice-Premiê da China

“Se as refeições são boas, o tempo não importa.” – Li Chenggang, Ministro do Comércio da China

Pontos de atenção destacados pela Bloomberg:

  • Suspensão de contramedidas não tarifárias pela China (como restrições a exportação de terras raras)

  • Estabelecimento de um mecanismo de consulta econômica permanente

  • Monitoramento próximo por países como Japão, Coreia do Sul e Vietnã

  • Possíveis acordos de compra por parte da China

 

⚠️ Cautela permanece:
Especialistas alertam que, apesar do avanço, um acordo estrutural ainda pode demorar. A experiência anterior (2017–2020) mostrou que, mesmo com progresso diplomático, questões comerciais profundas exigem tempo, diálogo e ajustes.

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