ACORDO SURPRESA ENTRE CHINA E EUA IMPULSIONA MERCADOS E ANIMA O AGRO
Em um movimento inesperado, China e Estados Unidos anunciaram neste fim de semana um acordo para reduzir suas tarifas comerciais por 90 dias, a partir de 14 de maio. A medida foi divulgada em uma declaração conjunta e considerada um sinal relevante de reaproximação entre as duas maiores economias do mundo.
Redução tarifária acordada:
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EUA: tarifas caem de 145% para 30%
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China: tarifas caem de 125% para 10%
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Exclusão: taxa sobre fentanil continua em vigor
“Ambos os lados reconhecem a importância de um relacionamento econômico sustentável, de longo prazo e mutuamente benéfico”, diz a declaração oficial.
Reações imediatas nos mercados:
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Soja (CBOT): altas de dois dígitos; julho a US$ 10,60/bushel
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Petróleo: +2% (WTI e Brent)
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Ouro: -3%
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Dólar Index: +1%
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Bolsas da Ásia: fortes altas na madrugada
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Mercado agrícola global: euforia com possível retomada do fluxo comercial
Impactos no agronegócio:
O mercado agrícola, especialmente a soja, foi diretamente influenciado. O setor acompanha de perto as próximas etapas do acordo e espera reflexos positivos nas exportações brasileiras. Além disso, as negociações envolveram temas como:
Declarações de destaque:
“O que houve com essas tarifas foi o equivalente a um embargo... Nenhum dos lados quer dissociação.” – Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA
“Fizemos um progresso substancial.” – He Lifeng, Vice-Premiê da China
“Se as refeições são boas, o tempo não importa.” – Li Chenggang, Ministro do Comércio da China
Pontos de atenção destacados pela Bloomberg:
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Suspensão de contramedidas não tarifárias pela China (como restrições a exportação de terras raras)
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Estabelecimento de um mecanismo de consulta econômica permanente
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Monitoramento próximo por países como Japão, Coreia do Sul e Vietnã
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Possíveis acordos de compra por parte da China
⚠️ Cautela permanece:
Especialistas alertam que, apesar do avanço, um acordo estrutural ainda pode demorar. A experiência anterior (2017–2020) mostrou que, mesmo com progresso diplomático, questões comerciais profundas exigem tempo, diálogo e ajustes.