Para não sofrer com o menor desenvolvimento das pastagens, produtor aposta em manejo rotacionado e na compra de grandes volumes de insumos
Com a chegada do inverno, a produção do leite acaba ficando menor e mais cara. Mas, para o produtor que faz o manejo bem feito e utiliza uma boa estratégia de compra de insumos, o lucro pode vir até nos meses mais difíceis.
O produtor Pedro Gioto, de Itapetininga, no interior de São Paulo, deixou o setor náutico do litoral paulista para investir na pecuária leiteira e fala que tem conquistado sucesso na área. “O nosso foco era avicultura, mas por interesse do meu filho, investimos no negócio do leite, que hoje nos dá um bom retorno”, disse.
Em oito anos de atividade, o número de cabeças cresceu de 10 para 104 vacas e a produção de leites por dia foi de 25 para 600 litros. A média continua boa mesmo com apenas 30 vacas em período de lactação e com o desenvolvimento menor das pastagens.
“O capim perde a qualidade no inverno e a quantidade de leite diminui. Por isso, nós usamos o suprimento de cana junto com cevada”, disse o produtor.
Atualmente, o produtor está ganhando 1,55 por litro, isso somado com a bonificação de 30 centavos que recebe da cooperativa. Essa boa remuneração contraria as expectativas dos analistas que apostavam na estabilidade dos preços. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que o valor líquido que não considera frete e impostos, subiu 1,2% de abril para maio.
Apesar do aumento dos preços, o lucro está em baixa por causa do aumento do custo. Pedro conta que no verão gastava 65 centavos para produzir um litro de leite, enquanto no inverno o custo foi para 89 centavos. Para tentar amenizar o custo, o produtor aposta no manejo rotacionado e na compra de grandes volumes de insumos de uma única vez.
“Se você comprar pouca ração, poucos minerais, você quase não consegue desconto. Por outro lado, comprando uma quantidade grande é possível conseguir em torno de 10% de desconto”, concluiu.
Fonte: Canal Rural