A safra 2021/22 de uvas para a indústria no Rio Grande do Sul iniciou-se em dezembro, com as variedades mais precoces, se encerrando em março com as mais tardias. As primeiras foram as mais impactadas pela seca, enquanto as tardias puderam se recuperar parcialmente depois das chuvas, segundo a Abrafrutas. Apesar da longa estiagem na região Sul do Brasil, a safra gaúcha apresentou frutos de alta qualidade. Os destaques foram os bons °brix e sanidade.
No ano passado, foi divulgada a atualização do preço mínimo do quilo da uva industrial definido pelo governo federal, que foi de R$ 1,10/kg em 2020/21 para R$ 1,31/kg em 2021/22, baseado na alta dos custos de produção – já que além da menor produtividade por hectare, houve alta nos preços de fertilizantes, defensivos, combustíveis, frete e mão de obra para a colheita. Além desse aumento, o preço médio recebido pelos produtores foi reajustado pelas processadoras locais, considerando que a qualidade excedeu às expectativas.
Neste cenário, apesar da queda da produtividade e dos custos de produção em alta (devido ao aumento no valor dos insumos), a temporada foi considerada remuneradora no estado gaúcho, o que pode animar para os investimentos na próxima temporada – provavelmente não em área, mas em cuidados mais intensivos nos parreirais.
Fonte: Notícias Agrícolas