Por volta das 14h15 (horário de Brasília), os principais contratos tinham quedas acima de mil pontos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As previsões de chuvas benéficas nas áreas de cultivos de café do Brasil geraram uma longa liquidação nos futuros do café.
Dezembro/20 registrava queda de 1060 pontos, valendo 121,95 cents/Ibp, março/21 tinha queda de 1030 pontos, negociado por 123,10 cents/Ibp, maio/21 tinha baixa de 1015 pontos, valendo 124,20 cents/Ibp e julho/21 registrava baixa de 1005 pontos, valendo 125,30 cents/Ibp.
Apesar das previsões mais recentes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicarem mais uma semana de tempo seco para Minas Gerais e Alta Mogiana/SP, o analista de mercado e engenheiro agrônomo Fernando Maximiliano da Stonex, destaca que as previsões mais recentes já começam a sinalizar o retorno de chuvas para o sul de Minas Gerais.
As condições das lavouras preocupam o produtor e a Fundação Procafé já afirmou que o ano de 2020 registra a seca mais severa dos últimos tempos. Segundo dados da StoneX, para os dias 21, 22 e 23 de Setembro, há previsão de acumulados de até 50 milímetros para o Sul de Minas Gerais, além de novas chances de chuvas para o dia 12 do mês que vem.
Fernando destaca que o mercado vem registrando um movimento muito forte de alta, inclusive com preços consolidados nos patamares de 130 centavos por libra-peso. "Nós precisamos lembrar que ainda há uma perspectiva no balanço de oferta e demanda, ainda estamos falando de um de produção alta para o Brasil e hoje vemos essa grande correção nos preços". afirma.
Além disso, o analista destaca que o setor aguarda os números da GCA (Green Coffee Association), que deve divulgar as condições dos estoques americanos na próxima terça-feira, dia 15. "Isso pode dar um incentivo do que está acontecendo nos Estados Unidos", comenta analista.
Fonte: Notícias Agrícolas.