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Alta de preços dos alimentos não deve permanecer
Notícia
Publicado em 03/09/2020

A alta demanda mundial de alimentos vem elevando os preços dos grãos nas principais bolsas do mundo. Mas, no Brasil, apesar da queda de 12,5% no consumo das famílias no último trimestre, também houve alta no preço dos alimentos, como leite, arroz e feijão, que tiveram uma disparada no último mês.

Segundo o comentarista Miguel Daoud, alguns fatores explicam essa alta no setor de alimentos, como uma boa oportunidade vista por países parceiros comerciais do Brasil. "A questão na exportação de carnes e grãos, o aumento se deve com a preocupação com o desfecho da pandemia. No segundo ponto, o real se desvalorizou bastante, viabilizando que esses países comprassem produto brasileiro por um preço menor e formar estoques".

No mercado interno, ele avalia que o auxílio emergencial tenha feito com que as famílias passassem a gastar mais com alimentos. "Decorre da injeção de R$ 50 bilhões que o governo deu para as classes mais pobres, que recebem o auxílio emergencial. Isso deu para essas pessoas a capacidade para utilizar esse dinheiro para comprar alimentos", completou.

No entanto, continua Daoud, esses efeitos dos seis primeiros meses da pandemia estão para acabar, assim como o auxílio emergencial. "A economia está se acalmando no exterior e há uma perspectiva de vacina. Aqui, internamente, vai haver uma diminuição do auxílio emergencial, e pode haver uma retração da demanda e por isso que as altas não devem se sustentar nos próximos meses, comentou.

Segundo ele, o produtor rural deve aproveitar este momento, pois em breve deve haver um equilíbrio e estabilidade dos preços.

Fonte: Canal Rural.

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