O dólar comercial opera em alta frente ao real desde a abertura dos negócios acompanhando o exterior que reflete a forte contração da economia da Alemanha e dos Estados Unidos após os resultados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. Ambos registraram quedas históricas.
Às 10h05 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,21% no mercado à vista, cotada a R$ 5,1840 para venda, enquanto o contrato para agosto subia 0,22%, a R$ 5,1840. Lá fora, o Dollar Index tinha leve alta de 0,05%, aos 93,500 pontos.
As prévias do PIB mostraram o tombo das economias norte-americana e alemã no trimestre passado refletindo os efeitos da pandemia do novo coronavírus. A leitura preliminar do PIB da Alemanha registrou queda de 10,1% ante o primeiro trimestre do ano, no maior recuo desde o início dos cálculos trimestrais no país, em 1970. Na comparação com o mesmo trimestre de 2019, a queda foi mais intensa (-11,7%).
“Investidores reagem negativamente ao dado ante a expectativa de queda de 9%”, comenta a equipe econômica do Bradesco. Já nos Estados Unidos, a prévia do PIB teve tombo de 32,9% em taxa anualizada, ante expectativa de retração de 34,7% na leitura preliminar. A queda também foi histórica.
A equipe da Capital Economics avalia que o forte declínio, três vezes maior do que a contração do trimestre anterior, ressalta o impacto “sem precedentes” da pandemia na economia norte americana. “Esperamos que levem anos para que esse dano seja totalmente revertido. Com o ressurgimento de casos [de covid-19] mais recentes começando a pesar sobre a economia em julho, é improvável uma recuperação contínua em forma de ‘V'”, ressalta.
Ontem, saiu a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no qual a percepção é de que os riscos continuam elevados, com a autoridade monetária reforçando o sinal de suporte monetário à economia.
Para os analistas do banco, o Fed reconheceu os recentes avanços da atividade econômica nos Estados Unidos, mas ponderou que o choque imposto pela pandemia foi intenso e que os indicadores permanecem “muito abaixo dos níveis pré-crise”.
Fonte: Canal Rural.