As restrições da China sobre alimentos importados com intuito de evitar uma segunda onda da Covid-19 deve atrasar o fluxo nos portos. De acordo com a Maersk, maior empresa de transporte marítimo do mundo, os navios que deixam os portos brasileiros com as cargas de carnes em direção ao gigante asiático vão demorar mais para voltar.
O cabeça da global Maersk, Jean Stoll, comenta a logística de transporte atual, "esse ano está sendo difícil para todas as empresas que trabalham com transporte, para navegação não é diferente, as importações em geral e as exportações brasileiras estão diferentes do normal, no Brasil toda proteína produzida era liberada em até 13 dias para envio, devido as restrições de carga, atraso de pagamento e regulamentação mais rígidas quanto ao transporte esse procedimento agora leva cerca de 21 dias."
Jean ainda comenta: "o fluxo de liberação do destino em países como a China era muito rápido (3 dias) e esse numero tem mudado bastante devido a seu posicionamento quanto a importação de grãos, hoje passando dos 10 dias. Isso porque a carga tem que ser inspecionada, liberada e retomada ao Brasil."
Com mudanças tão drásticas no cenário é esperado um impacto financeiro, ele comenta que os custos das cargas não são passados aos transportadores, devido ao atraso e não utilização espontânea da Maersk ou outro amadores que trabalham nessa situação. A baixa nas importações é geral no mercado, a Maersk está operando entre 70% a 75% de seus valores normais, conseguindo trazer mais containers vazios, assim minimizando o impacto se os fluxos estivessem normais.
"O Brasil foi muito ágil para sinalizar comunicação com o governo chinês a um possível retorno das atividades, temos excelência em precaução como em questão sanitárias assim a China permanecera um cliente forte devido a demanda do seu governo e por fim acredita que nossa situação vai se normalizar em breve", com esse comentário Jean Stoll fecha seu ponto.
Fonte: Canal Rural.