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Aumento da locação de caminhões devido a pandemia
Notícia
Publicado em 15/06/2020

A crise provocada pelo covid-19 está acelerando o segmento de locação de caminhões e contribuindo com montadoras na retomada da produção. Diante da falta de liquidez no mercado em razão da insegurança do setor financeiro em liberar crédito, várias empresas estão optando por essa modalidade.

Segundo locadoras, além de não imobilizar capital, o aluguel dispensa a empresa de serviços de manutenção. Para as fabricantes dos veículos, ajuda a amenizar a alta ociosidade das fábricas, que este ano deve ficar em cerca de 80% da capacidade instalada.

A Ouro Verde, de Curitiba (PR), é dona de uma frota de 5 mil caminhões e 3 mil equipamentos (carrocerias, máquinas agrícolas e para construção), dos quais 94% estão alugados. Neste ano, a empresa já registrou crescimento de 30% nos negócios em relação ao ano passado, impulsionado pelo setor do agronegócio, rodoviário, elétrico e de saneamento, informa o diretor comercial Manuel Silva.

"Neste período de pandemia, e com o consequente impacto negativo no caixa, a desmobilização dos ativos e o aluguel são demandas recorrentes para melhorar a situação das empresas" afirma Silva.

A empresa também opera com a chamada "Sale Lease Back", modalidade de compra de frotas  usadas para ser alugada aos antigos donos. "A empresa tem planos ambiciosos de ampliação da frota ainda neste ano, aproveitando a demanda e as boas oportunidades no mercado, bem como sua capacidade de investimento".

A procura pela locação de caminhões começou a ganhar força no últimos dois anos  e teve empurrão extra na pandemia. "A crise atual acelerou a demanda por locação de caminhões, já que as empresas se viram obrigadas a estudar soluções para o curto prazo que pudessem reduzir custos e reforçar o caixa, sem afetar suas operações" afirma Renato Vaz, diretor da Marbor Frotas Corporativas de Mogi das Cruzes (SP), que tem 100 veículos alugados.

Com 13,5 mil unidades para locação, o Grupo Vamos, da JSL, foi responsável das montadoras, informa Gustavo Couto, presidente da locadora, a maior do Brasil no segmento. Criada no fim de 2015 em São Paulo, a empresa registrou crescimento de 30% ao ano, ritmo mantido mesmo no período de pandemia.

Couto afirma que, da frota total de caminhões em circulação no país, apenas 1% é alugada. Ele acredita que a participação da modalidade vai crescer, pois as empresas estão percebendo que não é preciso "carregar o custo de ter a propriedade do caminhão", que implica, por exemplo, em ter equipe para administrar a frota e sua manutenção. Cálculos indicam que o custo do aluguel chega a ser 30% menor que o da aquisição.

O grupo tem mais de 400 contratos e também atua na locação de máquina agrícolas.  Os setores que mais demandam o serviço, segundo Couto, são os de agronegócio, logística e transporte, varejo e serviços como de telefonia, distribuição de energia e coleta de lixo. Os preços de locação partem de R$ 3 mil ao mês.

Fonte: Canal Rural

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