Já são mais de 10 dias de atraso no abate de frango registrados em Passo Fundo, isso se deve pela falta de frigoríficos, assim os avicultores da região estão sendo gravemente afetados, em relação ao resto da cadeia de produção.

A prefeitura já se posicionou em relação a retomada de atividades aviaras na unidade da JBS, no entanto devido a decisão não cabe a ela, o MP determina a continuidade da paralisação de toda operação na região, em determinada ponta dessa cadeia produtiva, os criadores são de fato os mais afetados.

Alexandre Arend, produtor integrado da JBS, comenta seu cenário pessoal que é lamentável: "nossa família possui uma granja que aloja em torno de 135 mil pintinhos, que vão para o abata com 28 dias, esses frangos aqui hoje possuem 40 dias e ainda não há previsão de abate, pois o nosso frigorífico que pertence a Passo Fundo está interditado, é uma situação bastante difícil para nós pois estamos com os galpões aqui com uma alta densidade, a mortalidade aumenta a cada dia e nossa preocupação também, pois é a principal atividade hoje da nossa família".

Em meio a essa situação desgarrada, o diretor executivo da Associação Gaúcha de avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos cita a essencialidade do abastecimento de alimentos e é mais que necessário a retomada do uso de frigoríficos, pois é prejudicial a inércia do setor, tanto ao produtor quanto consumidor.

Segundo ele, é aceitável operar parcialmente, mas o que prejudica é o encerramento das atividades. "Se paralisar, causa temor e pânico com o presente e com as consequências futuras", argumentou.

Em nota,a JBS empresa esclarece que desde o início dessa pandemia, tem como foco a saúde dos colaboradores e adota um protocolo rigoroso de segurança contra a Covid-19 e segue as determinações dos órgãos de saúde e de especialistas. A empresa também reforça que vem sofrendo as consequências de decisões pautadas em fatos que contradizem a realidade.

Fonte: Canal Rural.