No rio Paraná, os navios transportadores de carga, que são essenciais para a exportação de grãos da Argentina, foram afetados por um colapso em uma das margens do manancial que haverá obstruído o canal de navegação, resultando numa intensa redução de seu volume.
Estão sendo realizados trabalhos de dragagem neste momento no rio Paraná, mais ao sul no complexo portuário de Rosário, para tentar restaurara profundidade da água necessária ao tráfego das exportações, mas atualmente não existem estimativas para a retomada de atividades de transporte.
O gerente da Câmara de Portos e Atividades Marítimas, Guillermo Wade disse a Reuters: "Os navios não podem partir porque eles não têm margem de segurança adequada".
Wade ainda estima: "Um navio geralmente carrega cerca de 50 mil toneladas de grãos. Estamos falando de 11 mil toneladas a menor por navio".
O nível da água no rio Paraná já saiu para uma mínima nos últimos 50 anos, prejudicando o tráfego de exportações, como prejuízo houve a perda de 244 milhões de dólares na industria local nesses 4 meses precedentes.
Como cerca de 80% das exportações agrícolas e agroindustriais da Argentina são enviadas pela região de Rosário e ela sendo a terceira maior exportadora global de soja e milho, além de maior exportadora de farelo de soja utilizada como ração para animais da Europa ao Sudeste Asiático, é esperado mudanças negativas no fluxo do comércio global, com importadores buscando fornecedores rivais como o Brasil e os EUA.
Fontes: Notícias Agrícolas