A balança comercial fechou o mês de abril com saldo positivo de US$ 6,702 bilhões, crescimento de 24,5% em relação a abril de 2019, pela média diária. Este foi o segundo maior saldo comercial da história para meses de abril, atrás somente de 2017, quando somou US$ 7 bilhões.
Esses são dados do Ministério da Economia, que relatam um aumento gradativo da exportação da soja, batendo o recorde mensal de abril, acumulando US$ 4 bilhões, cerca de 73,5% (16,3 milhões de toneladas) no mesmo período de 2019. A produção alcançou níveis tão altos a ponto de se tornar 29,8% de toda exportação nacional desse mês.
Seus principais compradores foram a Europa e Ásia, com exceção do Oriente Médio no ultimo, no continente asiático houve o importe de 81,5% em relação ao ano passado, gerando uma média diária de US$ 101,1 milhões em vendas. A Europa apesar de ser grande compradora, importe de 84,8%, ficou abaixo com uma média diária de US$ 16,1 milhões em vendas.
Além das vendas de soja, as exportações de proteínas estão entre as que mais contribuíam para que a balança comercial fechasse o mês com superavit de US$ 6,7 bilhões. Esse é o melhor resultado de abril desde 2017, quando o saldo positivo foi registrado em US$ 7 bilhões.
Vendas de carne bovina tiveram aumento de 25% em relação ao mesmo mês de 2019, fechando outro recorde mensal de arrecadação com US$ 509 milhões. Somente as vendas para a Ásia com exceção ao Oriente Médio, tiveram crescimento de 114,1% neste mês. Uma média diária de arrecadação de US$9,4 milhões. A proteína suína também teve desempenho surpreendente e recorde: 40,5% de crescimento em ganhos.
Foram US$ 154 milhões comercializados. Já as carnes de aves tiveram queda de comercialização de 7,7% no comparativo com 2019, mas garantiram US$ 467 milhões de receita.
O documento de análise de resultados produzido pelo Ministério da Economia explica que "o bom desempenho desses produtos evidencia a competitividade das exportações, favorecidas por uma taxa de câmbio real desvalorizada. Além disso, a demanda mundial por esses bens mostra significativa resiliencia, sobretudo a demanda asiática"
Mas nem todos os panoramas são positivos. Mesmo com esse cenário favorável em meio à pandemia do novo corona-vírus, produtos agropecuários tiveram forte queda de comercialização com países do Oriente Médio. O milho teve redução de 98,5% nas vendas. Uma retração média diária de US$ 2,6 milhões. A soja também foi impactada com queda de 57,9%. A carne bovina teve baixa parecida com a oleaginosa: diminuição de 56,1% das exportações para região.
Fontes: Canal Rural; Governo Federal