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Pulverização: confira o passo a passo para colocar e retirar o EPI corretamente
Notícia
Publicado em 09/12/2019

Apesar de parecer algo comum no dia a dia dos operadores, muitos não dão atenção ao método adequado de lidar com os equipamentos e ficam suscetíveis a possíveis contaminações

No campo, muitos casos de contaminação humana por agroquímicos se dão pela falta de uso, ou incorreto do Equipamento de Proteção Individual (EPI). Mas não é só neste momento que os operadores e funcionários que manejam produtos químicos devem ter atenção. Além da limpeza destes materiais, um ponto muito importante quase nunca é falado: será que eles seguem as recomendações corretas para colocar e retirar os equipamentos de proteção?

Para ajudar nesta tarefa, o Projeto Soja Brasil trouxe um vídeo tutorial para mostrar a maneira certa de vestir e retirar o EPI.

A própria Bayer, que faz testes junto com os produtores de sua nova tecnologia, a Intacta 2 Xtend, incluiu recomendações técnicas em seus treinamentos para garantir a segurança dos funcionários.

“Muitos estudos apontam que os principais riscos no uso dos defensivos está justamente em quem faz a manipulação deles, por isso destacamos, na parte de manejo inteligente, este aspecto. Achamos importante destacar essa parte para garantir a segurança dos operadores e de pessoas que façam o manejo dos agroquímicos”, diz André Menezes, líder de estratégia de herbicidas da tecnologia Intacta 2 Xtend, da Bayer.

Segundo Menezes, além dos cuidados ao vestir os equipamentos, é preciso se atentar a qualidade dos EPI’s adquiridos. Por lei, todo EPI deve ter o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho que garante o cumprimento da NR 31 e atesta o nível de proteção de segurança dos equipamentos. A NR 31 é uma norma regulamentadora do Ministério do Trabalho para a saúde e segurança e atribui responsabilidades ao empregador e ao trabalhador rural.

“É importante comprar estes equipamentos certos, pois eles são pensados e produzidos para não deixarem os químicos ultrapassarem o tecido e atingirem os operadores. O IAC de Campinas também possui um EPI homologado e os interessados podem procurá-los para ver como e onde adquirir”, diz Menezes.

Durante os eventos pelas fazendas que fazem testes técnicos com a nova soja Intacta 2 Xtend, a Bayer não só repassa as recomendações para o bom uso do EPI, como também se preocupa em distribuir alguns destes equipamentos para os produtores parceiros da empresa.

“A Bayer deve doar 1.000 conjuntos de EPIs este ano para os produtores que participam do programa Intacta 2 Xtend, em parceria com a Jacto, que já vende esses equipamentos. A nossa parceria com a Jacto se deu porque eles produzem os EPI homologados pelo IAC”, diz André Menezes.

Como lavar a vestimenta do kit EPI?

Para preservar o EPI, é preciso descontaminá-lo após o uso. Por isso a recomendação da Jacto é:

  1. Separar ele das roupas comuns;
  2. não deixar a vestimenta de molho;
  3. não esfregar;
  4. Lavá-lo com sabão neutro;
  5. Não usar cloro, alvejante ou amaciante, pois esses itens podem retirar a hidrorrepelência.
  6. Após a lavagem, o EPI deve ser enxaguado, secado à sombra e passado a ferro bem quente. Isso reativa a repelência e proporciona uma maior durabilidade.
  7. Não passe o ferro nas partes impermeáveis do tecido.
  8. Após o fim da vida útil do seu EPI, ele deve ser totalmente descontaminado, inutilizado e descartado em lixo comum.

Fazenda paulista aposta na segurança

Uma das fazendas que testam a Intacta 2 Xtend, localizada em Jaboticabal (SP) e recebeu produtores da região para mostrar os cuidados e recomendações para uso da nova tecnologia, já inclui os cuidados com o EPI como norma básica de trabalho.

Segundo o gerente da fazenda, Alison Guilherme Strack, um dos principais lemas da fazenda é a segurança.

“Qualquer atividade na fazenda, que se comprove que não há 100% de segurança, ela não é realizada. Temos uma área na empresa voltada para isso, com técnicos de segurança inspecionando os trabalhos dos operadores tratoristas, motoristas, até mesmo o RH”, conta Strack.

Segundo ele, todos os funcionários da fazenda recebem os treinamentos necessários para a atividade que irão exercer e têm a obrigação de fazê-los.

“Nossos aplicadores, por exemplo, recebem esses treinamentos de instituições especializadas, como o Senar. Além disso, nosso setor de segurança, sempre faz treinamentos complementares, chamados de diálogos de segurança, que podem acontecer em intervalos semanais e mensais. Eles servem como lembretes de segurança”, diz.

Apesar de os cuidados serem uma obrigação do funcionário, a fazenda entende que a bonificação no fim do ano, ajuda a estimular que todos façam tudo corretamente.

“A partir do momento que ele recebeu o treinamento necessário e recebeu o equipamento adequado, ela deve seguir as normas. Existem fiscais na fazenda para verificar isso e garantir essa segurança. Além disso existem algumas bonificações no fim do ano, que entre outros temas, avalia esse cuidado com o EPI”, reitera.

Fonte: Canal Rural

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