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Preço de suínos sobe em toda cadeia produtiva, diz Cepea
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Publicado em 29/11/2019

Em outubro, as exportações brasileiras de carne suína alcançaram o terceiro maior volume da série história da Secex

O cenário de oferta reduzida de animais para abate somado ao aquecimento na demanda interna e externa impulsionou os preços de toda a cadeia da suinocultura, desde o suíno vivo até os cortes. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que, ontem, o indicador do suíno vivo atingiu R$ 5,15 o quilo em Santa Catarina, recorde nominal da série histórica iniciada em 2010. Em termos reais, com valores deflacionados pelo IGP-DI de outubro/19, é o maior valor desde janeiro de 2015.

No atacado da Grande São Paulo, a carcaça comum está cotada a R$ 8,38 o quilo, recorde nominal para a série desde 2004, e o valor mais elevado em termos reais dos últimos quatro anos. "No caso da procura doméstica, pesquisadores do Cepea relatam forte aumento, o que se deve ao período de fim de ano, quando tipicamente atacadistas começam a formar estoques, e ao preço recorde da principal carne concorrente, a carcaça casada bovina, que leva o consumidor a procurar outras fontes de proteína", mostra o levantamento.

A maior demanda internacional, por sua vez, está atrelada aos contínuos surtos de Peste Suína Africana (PSA) na Ásia, que tem feito com que a agentes dessa região - especialmente da China - aumentem as compras externas da proteína. O Brasil é o quarto maior exportador mundial de carne suína.

Em outubro, as exportações brasileiras de carne suína alcançaram o terceiro maior volume da série história da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, iniciada em 1997. Segundo a Secex, foram embarcadas 67,3 mil toneladas de produtos suínos, 17,8% a mais que em setembro. Para a China, especificamente, o volume de outubro somou 25,5 mil toneladas, crescimentos de 14,7% frente ao mês anterior e de 81% em relação a outubro do ano passado.

No acumulado dos dez primeiros meses de 2019, foram exportadas 582,9 mil toneladas de carne suína, 12% a mais que no mesmo período de 2018. Desse total, 183,1 mil toneladas tiveram como destino o mercado chinês, o equivalente a 31% das vendas totais.

Fonte: Revista Globo Rural

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