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Preço da batata continua elevado em comparação com 2017 e 2018, mostra Conab
Notícia
Publicado em 20/11/2019

Mas os preços registraram queda no mercado atacadista em outubro

Os preços da batata registraram queda no mercado atacadista em outubro. No entanto, mesmo com a queda, as cotações continuam em níveis elevados em comparação com 2017 e 2018, mostra levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou nesta terça-feira, 19, o 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort).

Segundo a estatal, o elevado nível de preço do tubérculo é reflexo da menor área plantada para a safra de inverno, o que vem se confirmando com a retração de oferta aos mercados atacadistas. Com exceção da Ceasa/CE - Fortaleza, onde as cotações mantiveram-se estáveis, nos demais mercados, as quedas foram entre 4,54% na Ceasa/ES - Vitória e 16,58% na CeasaMinas - Belo Horizonte.

A pesquisa considera, além da batata, outros quatro produtos (cenoura, tomate, cebola e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Os preços da cebola em outubro mantiveram a tendência de queda nos principais mercados atacadistas analisados. Segundo o boletim da Conab, a oferta anual até outubro está 4% acima da de 2018, muito em virtude dos totais alcançados nos últimos três meses, de agosto a outubro. Neste período, a oferta deste ano está 20% maior do que a de 2018, o que explica o arrefecimento dos preços.

Pode-se destacar a redução de preços entre 21,90% em Goiânia/GO e 35,38% em Recife/PE. "Mesmo com a retração de preços, estes níveis possibilitam ainda a permanência, mesmo que pequena, da cebola importada no mercado, o que no ano passado era, nesta época, já praticamente inexistente", pondera a estatal.

No caso do tomate, mesmo sem diminuição de preços de forma unânime, as cotações continuaram em níveis que podem ser considerados baixos em outubro, tanto em relação aos meses anteriores, quanto na comparação com 2018 e 2017. Em outubro deste ano, ainda ocorreu queda de preço nas Ceasas que abastecem Recife/PE (34,29%), Belo Horizonte/MG (16,28%), Rio de Janeiro (15,43%) e Vitória/ES (1,35%). Em Fortaleza/CE os preços ficaram estáveis (alta de 0,79%), enquanto nas outras Ceasas os preços subiram.

Os preços da cenoura também tiveram tendência de baixa em outubro, com declínio em todos os mercados, alcançando porcentual de até 29,94% na CeasaMinas - Belo Horizonte. O período de queda de preço recente, a partir de julho ocorre em virtude da boa oferta do produto, "propiciado pelas adequadas condições climáticas para a produção da raiz, sobretudo na região de São Gotardo/MG, principal abastecedora dos mercados".

Para a alface, a maior queda de preços foi registrada na Ceasa/CE - Fortaleza (42%), seguida da CeasaMinas - Belo Horizonte (9,20%), da Ceagesp - São Paulo (4,14%), da Ceasa/ES - Vitória (2,81%) e da Ceasa/PR - Curitiba (1,25%). Houve estabilidade na Ceasa/RJ - Rio de Janeiro. Nos mercados de Goiânia/GO, Brasília/DF e Recife/PE, os preços subiram em 19,51%, 7,65% e 8,72%, respectivamente.

Frutas

No segmento de frutas, o estudo da Conab também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia). De acordo com o boletim, apesar da oferta controlada, a comercialização da laranja registrou preços em outubro um pouco mais elevados em relação aos meses anteriores.

A melancia passou por elevação de preços em virtude da diminuição da safra em Uruana/GO. No caso da banana, houve maior oferta, tanto para a nanica quanto para a prata. Quanto à primeira, houve leve queda de preços. Já na variedade prata ocorreu o amadurecimento rápido causado pelas altas temperaturas e picos de colheita em praças baianas e mineiras.

Outra fruta com bons descontos é o mamão, que foi bastante comercializado nas duas variedades, papaia e formosa. A alta oferta é originária também do amadurecimento acelerado decorrente do calor, além da baixa qualidade. O volume de exportação de frutas no acumulado do ano, até outubro, foi 12,87% maior em relação ao mesmo período de 2018.

O valor faturado em dólares aumentou 1,32%. "Destaque para o crescimento do volume das exportações de melão, mangas, limões e limas, banana e melancia, e queda para maçã, mamão e laranja", informa a Conab.Os dados do Prohort foram coletados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Ceará, Pernambuco e no Distrito Federal.

Fonte: Canal Rural

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