Houve negócios em ritmo moderado, somando cerca de 300 mil toneladas. Na semana, a movimentação pode ter chegado a 800 mil toneladas
Os preços da soja subiram nesta sexta-feira nas principais regiões produtoras do país, acompanhando a disparada do dólar e apesar da queda dos contratos futuros em Chicago. Houve negócios em ritmo moderado, somando cerca de 300 mil toneladas. Na semana, a movimentação pode ter chegado a 800 mil toneladas.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 85,50. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 85,00. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 90,00 para R$ 90,50. Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 84,00 para R$ 84,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 90,00 para R$ 90,50.
Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 82,00 para R$ 82,50. Em Dourados (MS), a cotação aumentou de R$ 84,00 para R$ 84,50. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 81,00 para R$ 81,50.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos. As indefinições sobre a questão envolvendo um possível acordo entre Estados Unidos e China e o relatório baixista do USDA determinaram as quedas.
O presidente norte-americano, Donald Trump, negou que haja consenso sobre a suspensão de tarifas às importações chinesas no âmbito das negociações da chamada fase um do acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.
“As conversações vão bem, mas a China quer muito mais um acordo do que eu. Estou confortável em receber bilhões de dólares vindos das tarifas sobre os importados chineses”, disse.
Falando a repórteres antes de uma viagem a Georgia, Trump afirmou que, embora a China deseje uma reversão parcial das tarifas impostas durante a disputa comercial entre Washington e Pequim, ele não as eliminará completamente.
O relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou safra de soja americana inalterada na comparação com os números de outubro. O mercado apostava em corte. Já os estoques foram elevados, enquanto as projeções eram de redução.
A produção 2019/20 está estimada em 3,550 bilhões de bushels, ou 96,62 milhões de toneladas. O mercado esperava uma safra de 3,513 bilhões ou 95,6 milhões de toneladas. No relatório de outubro, a previsão era de 3,550 bilhões de bushels ou 96,62 milhões de toneladas. Para 2018/19, a previsão foi mantida em 4,428 bilhões ou 120,5 milhões de toneladas.
Os estoques finais em 2019/20 estão projetados em 475 milhões de bushels, o equivalente a 12,93 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em número em torno de 11,68 milhões. No relatório anterior, a previsão era de 460 milhões de bushels ou 12,52 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 5,50 centavos de dólar (0,58%), a US$ 9,31 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 9,44 por bushel, perda de 4,75 centavos de dólar, ou 0,5%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo caiu US$ 0,80 por tonelada (0,25%), sendo negociada a US$ 307,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 31,50 centavos de dólar, alta de 0,06 centavo ou 0,18%.
Fonte: Canal Rural