Mercado segue de olho na colheita dos Estados Unidos, que podem gerar ainda mais reflexos para os preços internacionais da commodity
Depois de uma semana ruim para os preços negociados na Bolsa de Chicago, que fechou com queda acumulada superior a 1%, até 25 de outubro, mercado seguirá com as atenções voltadas a colheita do milho nos Estados Unidos e alguns outros fatos. Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias:
- O foco do mercado permanece no clima no Meio-Oeste norte-americano. Os modelos ainda apontam para frio intenso em diversos estados que compõem a região, com previsão de geada e até mesmo neve;
- Com isso, a tendência é que haja perda de qualidade das lavouras, ainda mais em um cenário de atraso da colheita, como o observado nesta safra
- Nesse contexto o acompanhamento dos relatórios de evolução da colheita e condição das lavouras divulgados semanalmente pelo USDA seguem imprescindíveis para a formação de tendência de curto prazo
- O mercado brasileiro de milho segue centralizado na decisão de venda do produtor. A retenção ainda é a estratégia recorrente. Por sua vez, os consumidores ainda se deparam com estoques encurtados;
- Essa combinação de fatores justifica a recente alta dos preços. Por sua vez, a movimentação do câmbio e o comportamento da CBOT na semana resultaram em queda nas indicações nos portos, com isso os preços domésticos seguem experimentando descolamento em relação à paridade de exportação
- A paridade de exportação foi um capítulo à parte nesta semana, avaliando o processo de valorização do real com a recente aprovação da Reforma da Previdência;
- Além disso, a CBOT apresentou queda, reforçando a tendência de baixa nos preços dos portos. A indicação em Santos e Paranaguá recuou ao nível de R$ 40, inviabilizando novas negociações destinadas à exportação.
Fonte: Canal Rural