Combinação de alta para a soja na Bolsa de Chicago e valorização do dólar garantiu sustentação ao mercado nacional
O mercado físico brasileiro de soja abriu a semana com preços firmes, de estáveis a mais altos. A combinação de alta para a soja na Bolsa de Chicago e valorização do dólar garantiu sustentação ao mercado nacional. Entretanto, o dia foi sem negociações de volumes relevantes. Os produtores seguem retraídos à espera de cotações melhores.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 84,50 para R$ 85,50 a saca. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 84,00 para R$ 85,00. No porto de Rio Grande, o preço subiu de R$ 89,50 para R$ 90,00. Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 83,00 para R$ 84,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 89,00 para R$ 90,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 80,00 para R$ 81,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 80,50 para R$ 82,00. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 79,00 para R$ 81,00.
Oferta e demanda
As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 72,5 milhões de toneladas em 2020, subindo 4% sobre o volume de 2019, projetado em 70 milhões de toneladas. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado.
No quadro de julho, às estimativas eram de 77 milhões e 72,1 milhões respectivamente. “O provável fim da guerra comercial deve impactar nas exportações brasileiras na nova temporada, devendo resultar em uma forte recuperação nos estoques de soja em grão. O esmagamento deverá continuar crescendo frente a uma forte demanda por exportação de carnes”, resume o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque.
Safras indica esmagamento de 43,8 milhões de toneladas em 2020 e de 43,5 milhões de toneladas em 2019, representando um aumento de 1% entre uma temporada e outra. Em relação à temporada 2020, a oferta total de soja deverá subir 8%, passando para 129,408 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 119,5 milhões de toneladas, com ganho de 2%. Desta forma, os estoques finais deverão subir 183%, passando de 3,504 milhões para 9,908 milhões de toneladas.
A consultoria trabalha com uma produção de farelo de soja de 33,33 milhões de toneladas, com aumento de 1%. As exportações deverão cair 3% para 15,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 17,3 milhões, aumento de 2%. Os estoques deverão subir 34%, para 2,1 milhões de toneladas.
A produção de óleo de soja deverá ficar em 8,7 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 700 mil toneladas, com queda de 24% sobre o ano anterior. O consumo interno deve subir de 7,9 milhões para 8,05 milhões de toneladas. A previsão é de recuo de 23% nos estoques para 83 mil toneladas.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em alta. O mercado testou as máximas, operando próximo dos melhores níveis desde o início de abril.
A previsão de chuvas para o cinturão produtor americano, atrasando a colheita, deu sustentação aos preços. O mercado também se mostra otimista com os avanços nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos em busca de um acordo.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 4,50 centavos ou 0,48% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,40 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 9,55 por bushel, com ganho de 4,50 centavos ou de 0,47%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 0,10 ou 0,03% a US$ 310,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 30,00 centavos de dólar, ganho de 0,03 centavo ou 0,1% na comparação com o fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,75%, sendo negociado a R$ 4,1270 para venda e a R$ 4,1250 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,1110 e a máxima de R$ 4,1390.
Fonte: Canal Rural