UNIAGRO
Soja: 13 fatos que você precisa saber antes de fechar negócio
Notícia
Publicado em 15/10/2019

O Canal Rural preparou as principais informações sobre a safra de soja dos Estados Unidos e do Brasil para o produtor rural saber antes de tomar alguma decisão;

1-Plantio

Os trabalhos de plantio da safra 2019/2020 de soja seguem atrasados por conta da falta de chuvas expressivas. De acordo com levantamento da consultoria AgRural, a semeadura chegou em 11%, contra 20% no ano passado. O ganho de ritmo foi puxado por Mato Grosso, onde a área plantada saltou para 24%. Mesmo com chuvas ainda irregulares, os volumes e a distribuição melhoraram no estado, estimulando os produtores a avançar com mais rapidez.

Já a consultoria Safras & Mercado estima que o plantio atingiu até a última sexta-feira 9,4% da área do Brasil, contra 17,6% em igual período do ano passado e 11,% na média dos últimos cinco anos.

2-Replantio

Regiões do oeste do Paraná e do sul de São Paulo devem realizar o replantio da soja. Isso porque após a semeadura do grão, o tempo secou e prejudicou a condição das lavouras.

“Alguns grãos pegaram umidade e outros não, estimamos que a soja vai nascer toda falhada”, comenta o produtor rural de Quarto Centenário (PR) Eduardo Moratelli. Segundo ele, caso não chova na área, 600 hectares dos 1.100 hectares semeados terão que ser replantados, gerando custo entre R$ 700 a R$ 1.000 por hectare.

3-Produção recorde

Em seu primeiro levantamento oficial para a nova temporada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou que a safra brasileira de soja possa superar 120 milhões de toneladas e bater o recorde histórico do ciclo 2017/2018, de 119 milhões de toneladas. 

4-Área plantada

Segundo a Conab, a expectativa é que a área plantada com soja atinja 36,5 milhões de hectares, alta de 1,9% em relação à temporada anterior, de 35,8 milhões de hectares.

5-Comercialização adiantada

O último relatório da consultoria Safras & Mercado, de 4 de outubro, indicou que as vendas antecipadas da safra 2019/2020 estão com maior ritmo do que o registrado no ano passado.

A empresa afirma que os negócios envolvendo a oleaginosa atingiram 25,8% da produção. Em igual período do ano passado, o total negociado chegava a 27,3% e a média histórica é de 22,6%.

6-Preços

A confirmação de um acordo parcial entre Estados Unidos e China, somada a fatores fundamentais como produção, estoques e clima para a safra norte-americana, podem trazer força para soja na Bolsa de Chicago.

A consultoria Safras & Mercado comenta que os valores podem testar a linha de US$ 9,50 na primeira posição. “Os ganhos recentes abrem espaço para correções técnicas negativas, mas o lado fundamental deve continuar trazendo fôlego. O momento é positivo para Chicago”, diz.

7-Clima

A Somar Meteorologia indica que nesta semana volta a chover na região Sul. A expectativa é que uma frente fria provoque temporais no Sul do país, com possibilidade de granizo no Rio Grande do Sul e Paraná. Os maiores acumulados, no entanto, devem ser registrados por produtores gaúchos. Ainda chove em outras áreas do país, como o norte de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e leste do Paraná, mas o destaque fica para o tempo seco na região central.

A partir da próxima semana é que as chuvas avançam mais e atingem outras áreas do Sul do Brasil, como o Paraná.

Estados Unidos

8-Nevasca nos EUA

Os trabalhos de campo têm sido prejudicado por diversos fenômenos climáticos, dentre eles, temperaturas abaixo de 0ºC e até mesmo registros de tempestades de neve. Nos estados de Minnesota, Dakota do Norte, Montana, Iowa e Wisconsin, houve relatos de uma forte nevasca, onde alguns produtores já haviam começado a colheita.

Segundo a Somar Meteorologia, o cenário não é incomum para essa época do ano. “No ano passado, logo na primeira quinzena de outubro, houve registros de geadas e até mesmo neve nas lavouras. A diferença neste ano, é que com o excesso de chuva no início da safra e com o plantio atrasado, a fase de desenvolvimento das áreas produtoras estão diferentes”, afirma Heloísa Pereira.

9-Trégua na guerra comercial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que um acordo de primeira fase foi feito entre os norte-americanos e a China. Segundo ele, o tratado abrange questões de propriedade intelectual, serviços financeiros, política cambial e exportação de produtos agrícolas. “Essa primeira parte trata de questões de propriedade intelectual, serviços financeiros e um acordo gigantesco para os agricultores norte-americanos”, disse Trump. Segundo ele, a China prometeu adquirir entre US$ 40 a 50 bilhões em produtos agrícolas.

“Esse é o maior acordo do tipo já feito em nosso país. Antes, os chineses estavam comprando apenas US$ 8 bilhões de nossos fazendeiros. Aconselho nossos produtores rurais a comprar mais terras”, disse Trump

10-Quebra de 22% na safra

A expectativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é que os produtores norte-americanos colham 96 milhões de toneladas de soja nos Estados Unidos, volume 22% menor em relação aos 123 milhões de toneladas registrada no ciclo passado.

11-Colheita atrasada

A colheita da soja nos Estados Unidos segue atrasada. Isso porque no momento da semeadura, houve excesso de chuva. Alguns analistas citaram inclusive que este ciclo teve o plantio mais atrasado dos últimos anos.

Segundo o USDA, até 6 de outubro, a área colhida estava apontada em 14%, contra 31% em igual período do ano passado. Para se ter uma ideia, a média de colheita dos últimos cinco anos é de 34% da área.

12-Condições das lavouras 

O número de lavouras em boas ou excelentes condições caíram na última semana, na comparação com a semana anterior. O USDA apontou que, até 6 de outubro, 53% das lavouras estavam entre boas e excelentes condições, 32% em situação regular e 15% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 55%, 32% e 13%, respectivamente. O mercado esperava que 55% das lavouras estivessem em boas a excelentes condições. 

13-Estoques menores dos EUA

Outro fator que compõem o cenário são os estoques trimestrais de soja dos Estados Unidos, que totalizaram 24,8 milhões de toneladas. O volume estocado subiu 108% na comparação com igual período de 2018. Do total, 7,21 milhões de toneladas estão armazenados com os produtores, com ganho de 162%. Os estoques fora das fazendas somam 17,6 milhões de toneladas, com alta de 92%.

Uma explicação para o número é a diminuição nas compras de soja norte-americana pelos chineses, por conta da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Recentemente, após uma trégua entre os países, o país asiático voltou a comprar o grão.

Fonte: Canal Rural

Comentários
Comentário enviado com sucesso!