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China leva ao crescimento das exportações de carne e do confinamento no Brasil
Notícia
Publicado em 03/10/2019

De janeiro a setembro deste ano, embarques tiveram alta de 9,2%, demanda chinesa cresce mais

As exportações brasileiras de carne vão bem. O bom desempenho de janeiro a setembro deste ano leva o produtor a aumentar o volume de gado confinado e os embarques têm ajudado a sustentar os valores domésticos da arroba.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), de janeiro a setembro deste ano, os volumes embarcados somaram 1,227 mil toneladas, avanço de 9,2% em relação ao mesmo período de 2018. Em relação ao faturamento, o crescimento foi de 4,6% com receitas de US$ 4,9 bilhões.

Mesmo assim, no mês de setembro foram exportadas 145 mil toneladas, com faturamento de US$ 609,4 milhões, o que, comparado com os resultados de setembro de 2018, representam recuos de 18,6% e 12,8%, respectivamente.

“Acreditamos que o ritmo das exportações está compatível com as expectativas do mercado”, analisa o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.

Quando se observa os principais destinos, o destaque continua sendo a China cujas exportações de janeiro a setembro somaram 253 mil toneladas, crescimento de 11,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

No caso do aumento no número de animais confinados, chegamos a escrever matérias informando que o volume poderia chegar a 5 milhões ou 5,2 milhões de cabeças. Tem analistas apostando agora que esse número suba para 5,5 milhões ou até 5,8 milhões.

Hoje mesmo eu conversei com Sergio Przepiorka, do Boitel Chaparral, de Rancharia (SP). Ele me adiantou que o número de bovinos chegando para a engorda está aumentando e ultrapassando as suas previsões anteriores.

Importante: Com a oferta restrita de boiadas, a alta de preços da arroba alcançou 90% das praças pecuárias do país. É o que aponta levantamento da Scot Consultoria junto às 30 principais regiões de comercialização do país. Na média de todas as regiões pesquisadas a alta de preço foi de 2,3%.

Segundo a Scot,  “o cenário de preços firmes é geral, e a oferta limitada é o fator que está ditando o rumo do mercado do boi gordo. Somado a isso, a expectativa é de que haja melhora por parte da demanda, o que pode dar ainda mais força para as cotações”.

Fonte: Revista Globo Rural

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