Segundo a Aprosoja-MS, as chuvas regulares para a região norte do estado só devem retornar em meados do dia 10 de outubro
Os estados do Centro-Oeste estão com as atenções voltadas ao clima, já que a falta de chuvas pode atrapalhar o plantio da soja. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a Aprosoja já alertou seus associados para terem cuidado com o plantio sem umidade no solo.
Segundo o presidente da entidade, André Dobashi, até há previsões de chuvas, principalmente no início da safra, mas o produtor precisará se atentar em relação as janelas de tempo seco. “O momento é de cuidado com a falta de chuvas. Mas com atenção tenho certeza que vamos alcançar bons números de produtividade”, afirma.
Com o início das chuvas regulares previstas apenas para a primeira quinzena de outubro, o plantio da soja deve sofrer atraso.
“Orientamos que os produtores tenham um planejamento adequado do plantio, ainda mais diante da possibilidade dessas chuvas regulares apresentarem-se apenas a partir de 2 de outubro na parte sul e apenas no dia 10 para região norte”, diz Dobashi.
Previsão de produção e área
Mato Grosso do Sul deve semear uma área de 3,163 milhões de hectares com soja na safra 2019/2020, um aumento de 6,17% em relação à safra passada. A produtividade estimada no estado deve ser de 51 sacas por hectare, com produção total de 9,68 milhões de toneladas, sendo 63% do total localizado na região sul de Mato Grosso do Sul.
O secretário Jaime Verrruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), afirma que os números mostram que o estado continua expandindo em área de agricultura e o governo está atento e apoiando os produtores.
“Temos avanços importantes em logística e estamos articulando novas linhas na tentativa de melhorar a maneira como escoamos a nossa produção. Precisamos dar condições dos agricultores terem a tranquilidade de poder produzir cada vez mais”.
Para a próxima safra, as novas rotas de escoamento hidroviário, como os portos em Porto Murtinho, devem ajudar na redução do custo logístico para Mato Grosso do Sul, mas também na flexibilização de preços de insumos como fertilizantes e defensivos. Além disso, o grão continua atraindo novos investimentos importantes, como unidades de processamento e armazenamento de grãos para o Estado de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Canal Rural