De acordo com o Rabobank, a produção nacional é estimada em 2,7 milhões de toneladas com vendas externas de 1,5 milhão
O banco de investimentos Rabobank elevou a sua estimativa para a produção brasileira de algodão de 2,6 milhões para 2,7 milhões de toneladas no ciclo 2018/2019. A revisão integra o relatório trimestral de perspectiva para as commodities agrícolas do banco. Com a colheita recorde, informa o Rabobank, as vendas externas do País também devem registrar crescimento expressivo.
"Impulsionadas por esse elevado volume, taxa de câmbio e o quadro de guerra comercial entre chineses e americanos, as exportações brasileiras devem ser as maiores da história - estimadas em 1,5 milhão de toneladas nesse ciclo -, consolidando o País como o segundo principal exportador mundial, atrás apenas dos Estados Unidos", projeta a instituição financeira no documento.
Na avaliação do banco, com a previsão de recorde de exportações, o principal desafio do setor será a logística para escoar a produção. Segundo o banco, entre as alternativas para os exportadores estão o alongamento da janela de embarques do Porto de Santos, no litoral paulista, e testes de envio pelos portos do Arco Norte, na Região Norte do País.
Para a safra 2019/2020, o Rabobank considera que o recuo nos preços internacionais da pluma, negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), pode limitar o cultivo da fibra no Brasil e interromper a sequência de expansão de área observada nas duas últimas temporadas.
"Em setembro/2018, os contratos futuros para dezembro/2019 estavam em patamares de US$ 0,78/libra-peso. Olhando para a próxima safra 2019/2020, as cotações no mercado futuro para dezembro/2020 estão próximas de US$ 0,60/lp", explica o banco.
Ainda segundo a instituição financeira, a valorização do dólar ante o real tem sido o único fator a limitar quedas mais acentuadas nas cotações do algodão brasileiro, por tornar as exportações mais atraentes.
Fonte: Revista Globo Rural