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Previsão de pouca chuva inibe plantio da soja em setembro
Notícia
Publicado em 13/09/2019

Agrometerologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima, diz que tendência é de chuvas mais concentradas no sul e mais irregulares no centro-norte do Brasil

O mês de setembro tende a se manter mais seco e quente na maior parte do Brasil, com chuvas concentradas na região sul e irregularidade nas áreas mais ao centro e norte do país. A avaliação é do agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos, para quem essa situação inviabiliza o início do plantio da safra.

“Em nenhum momento, haverá chuvas generalizadas e em volumes suficientes para o plantio da nova safra de soja e até mesmo para induzir o florescimento do café. Já no Sul, a tendência continuará sendo de muita chuva e dificuldades para o plantio do arroz. Para o milho, as condições se manterão favoráveis”, diz ele.

Em boletins divulgados via Whatsapp, Santos destaca que o inverno de 2019 está entre os mais secos e quentes dos últimos anos no país. Chuvas ocorridas em algumas localidades entre julho e agosto não significaram alívio. E com o aumento da evapotranspiração, os solos em grande parte do Brasil estão em situação de estresse hídrico.

Ponderando modelos de previsão climática, ele avalia que a tendência ainda é de uma maior regularidade de chuvas nas áreas central e norte do país vir apenas no mês de outubro, quando, no Sul, os volumes de precipitação devem ser menores. “Muitos produtores iniciarão o plantio da soja ao longo da segunda quinzena de outubro. Pouquíssimos serão os que terão plenas condições de iniciar o plantio dentro do mês de setembro”, avalia Santos.

No Paraná, o vazio sanitário para a soja, iniciado em 10 de junho, terminou na terça-feira (10/9). A expectativa é de pouco trabalho de campo, pelo menos nos próximos dias, avalia o economista Marcelo Garrido, do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria da Agricultura do Estado. 

Ele explica que as chuvas ocorridas na virada de agosto para setembro não foram suficientes para estimular a semeadura. E acrescenta que são esperados volumes maiores a partir de 20 de setembro, o que pode levar o produtor a plantar.

“O clima não está permitindo o plantio. É muito arriscado plantar com o solo seco. Se a chuva não vier, o risco de perda é mais complicado. O produtor está aguardando a chuva para acelerar o plantio”, diz ele.

Fonte: Revista Globo Rural

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