Nesta sexta-feira (29), a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), realizaram dois tours por fazendas do Oeste da Bahia para discutir e organizar ações no combate às pragas das principais culturas da região: soja, algodão e milho.

Os tours receberam o apoio da Aprosoja Bahia, da Fundação Bahia e dos Sindicatos Rurais de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

Os eventos ocorreram simultaneamente em duas áreas: Anel da Soja, em Barreiras, e Roda Velha, distrito de São Desidério. No Anel da Soja, as propriedades que receberam o evento foram as fazendas Decisão Rio Branco, do Grupo Decisão, e a Palmares (Sete Belos), do Grupo SLC Agrícola; já em Roda Velha foram as fazendas Warpol, do Grupo Busato, e Querubim, do Grupo Horita.

O presidente da Aprosoja Bahia, Alan Juliani, marcou presença no evento de Roda Velha e deu ênfase ao caráter informal da conversa, uma forma de deixar os produtores mais à vontade e de dialogar diretamente com quem atua no campo. “Um bate-papo sobre o que está dando certo e o que está dando errado; quais pragas estão mais resistentes, quais estão mais suscetíveis; eficiência de produtos etc. Uma discussão que é muito relevante para a tomada de decisão do produtor para a próxima safra”.

O Dr. Germison Vital Tomquelski, pesquisador da Fundação Chapadão, entidade localizada em Chapadão do Sul (MS), também esteve presente em Roda Velha, fazendo comentários técnicos sobre as ações a serem realizadas pelos produtores locais no combate às pragas. “Reuniões desse tipo são momentos de alinhamento, de estratégia para o manejo das pragas. Hoje nós discutimos principalmente pragas como tripes, spodoptera, cigarrinha e lagartas (helicoverpa). São ações em conjunto com as instituições presentes para traçar uma estratégia mais ampla, que envolva os produtores e todas as instituições para o melhor manejo das culturas locais”, destacou o pesquisador.

Em relação aos resultados práticos que ações como essas organizadas pelas entidades locais podem trazer, Dr. Germison ressalta a importância da conscientização do produtor para os procedimentos sustentáveis como forma de combate às pragas. “A grande contribuição desse tipo de ação é a criação de um ambiente adequado para o manejo dessas pragas e, consequentemente, menor utilização e a racionalização do uso de inseticidas, ou seja, aplicar no momento correto, no nível adequado. Além disso, também incentivamos determinadas ações, como o controle biológico, que foi uma questão debatida. Precisamos difundir essa prática para que isso crie um ambiente de sustentabilidade”.

O consultor, membro do conselho fiscal da Abapa e supervisor do Programa Fitossanitário, Celito Breda, destaca a importância do planejamento de longo prazo para aumentar a produtividade e evitar futuras perdas. “Este evento não se restringe apenas a uma safra, nós temos que planejar tecnicamente a nossa região para ter sustentabilidade, competitividade e produtividade com baixo custo”.

No período da tarde, pesquisadores e consultores que estavam presentes no Anel da Soja e em Roda Velha, reuniram-se na Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, para apresentar os resultados e avaliar as perspectivas das culturas analisadas.

Fonte Matopiba Agro