A queda no poder aquisitivo da população brasileira prejudicou o setor de proteína animal em 2018, mas associação da raça investiu e contornou a situação
O ano passado foi muito difícil para o setor de proteína animal, especialmente por causa da perda de poder aquisitivo da população, mas algumas raças passaram quase ilesas pela crise. É o caso dos cortes angus, cuja participação em restaurantes cresceu 20% em 2018. A informação foi dada por Gabriel Moraes, diretor comercial do Frigorífico Silva, um dos que mais abate essa raça no Rio Grande do Sul.
De acordo com a executiva de marketing do Programa Carne Angus Certificada da Associação Brasileira de Angus, Luiza Mendes, o público reconhece o valor diferenciado das carnes de qualidade. “Integramos mais frigoríficos ao programa para atender a demanda muito forte dos consumidores por essa carne diferenciada”, afirma.
Na primeira ponta da cadeia, o pecuarista também ganha, recebendo bonificação de carcaça. “Temos uma equipe que gerencia toda a compra de gado, cuida de todos os nossos corretores e também dá assistência ao produtor interessado sobre como ele pode produzir o melhor animal para ter a remuneração esperada”, diz Moraes.
A steakhouse inaugurada pelo empresário Cláudio dos Santos, no litoral gaúcho, não trabalha apenas com o consumo direto. Quem vai ao estabelecimento, prova carne e gosta pode adquirir o corte preferido na hora. “Antes, alguns clientes comentavam que tinham que passar no supermercado antes ou em uma boutique para trazer uma boa carne. Hoje, nós temos aqui”, conta.
Fonte: Canal Rural