Ciclo bienal da cultura fez Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro diminuir projeção de safra

O Brasil deve colher em 2019 uma safra de cerca de 53 milhões de sacas, sendo 35 milhões de sacas de café arábica e 18 milhões de sacas de conilon. A avaliação foi feita pelo presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Francisco Sérgio de Assis, durante o Encontro Nacional das Indústrias de Café (Encafé), que acontece nesta semana em Punta Del Este, no Uruguai.

Ele avalia que a produção de arábica deve cair em torno de 10 milhões de sacas em relação ao ano anterior, devido ao ciclo bienal da cultura, e a de conilon subir cerca de 3 milhões de sacas. A federação adota o número da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) para a safra de 2018, de cerca de 60 milhões de sacas.

Assis também contestou a reavaliação para cima que fez o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) da safra brasileira, que apontou uma produção em 63,4 milhões de sacas.

“Não gosto de contestar números, mas eu não vejo metodologia nenhuma do USDA para falar um número desse tamanho. Para mim, o número mais confiável e quem técnicos suficientes para avaliar a safra brasileira, chama-se Conab. Esse ‘achômetro’, eu acredito que com esse nosso novo governo a gente vai ter uma atuação mais forte na estatística, inclusive para proteger os nossos produtores de números como esse, que eu acredito que não foi feita uma avaliação e que não mostra uma metodologia”, afirmou.

No cerrado mineiro, a safra 2018 ficou em cerca de 7 milhões de sacas a 7,2 milhões de sacas, repetindo o ano de 2016. Para 2019, devido ao ciclo bienal, a produção deve cair de 20% a 25%. O clima tem sido favorável, com boas chuvas, mas as floradas foram bastante irregulares.

Fonte: Canal Rural