Segundo vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, os planos de ajustes fiscal do governo Bolsonaro podem tornar mais restrito o acesso aos recursos
O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Hübner, afirmou que as taxas de juros mais baixas, devido à queda da Selic, têm permitido que bancos desembolsem mais recursos para o setor agropecuário, provenientes de diversas fontes.
“Pela primeira vez desde 2013 os recursos do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) já foram totalmente utilizados. Isso mostra a profissionalização dos produtores e também a eficiência dos bancos, com liberação ágil de crédito nas feiras agrícolas” , afirmou durante o Summit Agronegócio 2018, evento realizado na capital paulista.
Hübner ponderou que, com os planos da equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de aprofundar o ajuste fiscal, o governo deve ser “cada vez mais restritivo” na oferta de recursos, inclusive para a agropecuária.
Por outro lado, os bancos estão recorrendo a novas fontes de dinheiro, especialmente para linhas de financiamento a grandes produtores. “Estamos buscando fontes externas, a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é uma fonte muito importante também, além de recursos e caixa dos próprios bancos”, afirmou. “Não faltarão recursos, mas terão taxas diferentes”, acrescentou.
Também presente no debate, o diretor de Agronegócio do Itaú BBA, Pedro Fernandes, reforçou que no mercado de crédito a oferta é “vasta” para produtores de todos os portes, com maior diversificação das fontes para grandes produtores.
Fernandes avaliou, ainda, como positivo o direcionamento do atual governo e do próximo em priorizar os recursos com juros subsidiados para os pequenos agricultores.
Fonte: Canal Rural