Conheça todos os passos para produzir uma ração que melhora a qualidade do leite
Em uma fazenda em São José dos Campos, usa silagem fabricada no próprio lugar para alimentar cerca de 80 vacas da propriedade. A medida que pode diminuir os custos deve começar ainda na hora da escolha da semente, passa por manejo integrado de pragas, área de refúgio, compactação do milho e termina na preparação final da ração.
O produtor Thiago de Oliveira explica quais são as diferenças nesse processo. “A única diferença está na semente. Que deve ser mais mole, pra digestão da vaca ser mais fácil”.
O manejo integrado de pragas e da área de refúgio, também são importantes para a sustentabilidade da biotecnologia do milho. Muitos especialistas criticam os pecuaristas que não dão a atenção devida à agricultura, já que a qualidade do milho vai interferir na qualidade do leite.
Os cuidados continuam no ensilamento. O milho deve ser bem compactado, e não pode haver ar. Por isso, a cobertura também não pode ter brechas. Só assim é possível conseguir conservar a silagem por até dois anos.
Depois disso é hora de usar a silagem feita no ano passado. “É bom tirar essa vamada escura de cima. Ela está podre. Tem produtor que não tira. Isso dá problemas de estômago no animal”, explica Rafael Lima, técnico agrícola.
Feito isso, é hora de encher o misturador. E o principal ingrediente dessa receita é a silagem. “50% é desse volumoso, que assim chamamos. Outros 50 a ração com miolo de algodão, farelo. Tem que ter esse volumoso, de fibras grandes, pra vaca ruminar. Se não ela passa mal do estômago”, diz o produtor.
Importante também é a quantidade oferecida ao animal. Na propriedade, cada vaca holandesa come em média 4 quilos e meio por dia, mas pode variar. “A holandesa é pesada, produz muito, come mais. Uma Jersey já é menor e come menos”, finaliza Thiago.
Fonte: Canal Rural