Em contrapartida, as importações do produto devem continuar a cair, inclusive do Brasil que é o principal fornecedor
A produção de açúcar na China no ano-agrícola 2018/2019 deve aumentar pelo terceiro período consecutivo, atingindo 10,8 milhões de toneladas. As importações do produto, em contrapartida, devem continuar a cair também pelo terceiro ano consecutivo, especialmente após o governo chinês alterar medida de salvaguarda com obrigações adicionais aplicáveis a todos os fornecedores, informa em relatório o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A produção de açúcar de cana em 2018/2019 na China está prevista pelo USDA em 9,4 milhões de toneladas, inalterada em relação à previsão anterior. Já a produção de açúcar de beterraba em 2018/2019 na China está estimada em 1,4 milhão de t, também inalterada em relação à previsão anterior.
A previsão de importação de açúcar em 2018/2019 pela China não foi alterada em relação à previsão anterior, de 4 milhões de toneladas, segundo o USDA. Se confirmado, seria o terceiro ano consecutivo de queda das importações. “Essas importações menores são resultado do aumento da produção e de uma medida de salvaguarda sobre as importações do produto, recentemente imposta aos fornecedores”.
Em 2017, os chineses elevaram a tarifa de importação de açúcar do Brasil (principal fornecedor), de 50% para 95%, o que fez as exportações brasileiras despencarem. O Brasil estuda entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as salvaguardas chinesas.
O consumo de açúcar na China em 2018/2019 está previsto em 15,8 milhões de toneladas, um aumento de 100 mil toneladas em relação à previsão anterior. Segundo o USDA, população urbana crescente e preços mais baixos do açúcar devem sustentar o aumento do consumo de açúcar pelos chineses. Entretanto, “espera-se que este crescimento permaneça limitado à medida que mais chineses de classe média estão preocupados com a alimentação saudável e estão limitando a ingestão de açúcar”, diz o USDA no relatório.
Fonte: Canal Rural