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Contratação de crédito rural sobe 32% neste trimestre, diz Mapa
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Publicado em 08/10/2018

Resultado mostra que houve oferta oportuna de recursos e que os produtores rurais estão confiantes no seu negócio, investindo na atividade

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os primeiros três meses de vigência do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019 apresentaram alta de 32% nos valores contratados, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre julho e setembro, produtores brasileiros contrataram R$ 50 bilhões de crédito rural, totalizando 204.356 operações.

A maior parte do desembolso destinou-se a operações de custeio, totalizando R$ 29,8 bilhões, seguida por operações de comercialização, com R$ 9,3 bilhões, programas de investimento, que totalizaram R$ 8,5 bilhões, e industrialização, com R$ 2,5 bilhões. Relativamente às disponibilidades de recursos para a safra, foram contratados 26% do volume, ante 20% em igual período na safra anterior.

Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, a avaliação do período é positiva, em função da demanda muito superior à do ano passado. “O incremento de 32% ganha maior relevância, uma vez que houve crescimento em todas as finalidades: custeio, investimento, industrialização e comercialização”.

Segundo ele, o desempenho do crédito rural mostra que houve oferta oportuna de recursos e que os produtores rurais estão confiantes no seu negócio, investindo na atividade. “É um indicativo de que caminhamos para termos novamente uma boa safra em 2018/2019”, ressalta.

O financiamento dos programas de investimento também teve um crescimento expressivo de 30,2% no período, dentre os quais se destaca o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro), com crescimento de 391%, seguido pelo Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com 151%, e pelo Programa de Baixa Emissão de Carbono (ABC), com 112%.

O Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), com participação de 35% no total dos recursos contratados para investimentos, teve crescimento de 59%. Estas linhas devem manter o crescimento, porque nos meses de agosto, setembro e outubro, a demanda maior é pelo custeio, por conta do período de plantio das lavouras, lembra o secretário. “E, nos próximos meses, devemos ter maior demanda por linhas de investimentos”.

Os números do levantamento, feito mensalmente pelo Departamento de Crédito e Estudos Econômicos da Secretaria de Política Agrícola, são acompanhados constantemente pela equipe. “Estamos monitorando os programas de investimento e podemos aumentar os recursos para aquele que tiver maior demanda, transferindo de outros que não tenham tanta procura. Vamos evitar a falta de recursos para investimentos e também para comercialização”, disse Araújo.

Fonte: Canal Rural

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