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Famílias brasileiras desperdiçam em média 128 kg de comida por ano
Notícia
Publicado em 21/09/2018

Estudo liderado pela Embrapa também aponta que o agronegócio pode ajudar no combate ao desperdício de alimentos

As famílias brasileiras desperdiçam, em média, 128 quilos de comida por ano, revela estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio da Fundação Getúlio Vargas e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Foram consultadas mais de 1,7 mil famílias e 59% delas afirmaram não dar importância para o excesso de comida no prato. Para 52%, é importante “ter fartura”. O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, explica que existe uma busca criteriosos por alimentos esteticamente perfeitos, o que reflete o modelo econômico adotado anos atrás. “Talvez tenhamos que repensá-lo e redesenhá-lo para estimular os consumidores a olharem para o alimento de uma maneira mais pragmática”, diz.

Para o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, o agronegócio pode ajudar no combate ao desperdício fazendo com que toda a produção tenha um destino. “Seja para o mercado internacional, nacional ou local, mas que não fique no campo. Que ele seja reaproveitado na agroindústria, trabalho comunitário ou desenvolvimento local”, explica. Segundo o ministro, é necessário um conjunto de medidas que garantam uma produção com resultados na produtividade, mas também na comercialização.

Para o presidente da Embrapa, o combate ao desperdício pode gerar vantagens para o agronegócio. “Se seguirmos com o padrão de consumo, onde o desperdício é considerado algo natural ou inevitável, óbvio que a pressão sobre os sistemas produtivos e sobre a base de recursos naturais só vai crescer. Se conseguirmos reduzir significativamente, a pressão sobre todos vai diminuir”, diz Lopes.

Troca de conhecimento

O levantamento deve servir de base para a criação de políticas públicas contra o desperdício. Estratégias adotadas na União Europeia já são tratadas como exemplo. “Queremos aprender em conjunto com o Brasil, trocar nossas experiências, ver aquilo que faz mais sentido, partilhar boas práticas e aprender com circunstâncias diferentes”, explica o embaixador da UE no país, João Cravinho.

Fonte: Canal Rural

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