Estudo mostrou que microclima do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, com menor incidência de radiação solar, contribuiu para o aumento da fertilidade dos animais
Um estudo indicou que vacas que vivem em área de sombras em sistemas integrados tiveram um aumento de quase 20% na taxa de produção de embriões. O experimento, apresentado pela doutoranda Amanda Prudêncio Lemes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), foi desenvolvido em Integração Lavoura- Pecuária-Floresta (ILPF) da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, interior de São Paulo.
De acordo com o pesquisador e orientador do projeto Alexandre Rosseto, os animais que ficaram em pleno sol apresentaram taxa de produção de embriões de 36%. Já os que estiveram em área sombreada registraram um incremento nessa taxa, que chegou a 43%. Esse aumento de 7 pontos percentuais – equivalentes a quase 20% – representou um impacto significativo porque o experimento foi realizado em um sistema já ajustado e que apresenta bons números de produção de embriões.
Os resultados mostraram que o microclima mais favorável observado no sistema ILPF, com menor incidência de radiação solar sobre os animais, contribuiu para o aumento da fertilidade.
O experimento foi feito com 18 vacas com bezerros ao pé mantidas no sistema de integração lavoura-pecuária- floresta durante o verão e o outono. Essas vacas pariram no sistema e, uma vez por mês, eram levadas ao curral para aspiração de folículos ovarianos. O material foi entregue a um laboratório particular em Cravinhos (SP), que produziu os embriões.
Em outro estudo recente, a Embrapa Pecuária Sudeste já havia constatado que a criação de animais em sistemas integrados indicou que matrizes de corte que permanecem em área sombreada procuram menos os bebedouros. A frequência em busca de água chega a cair 19% em sistemas com árvores.
Fonte: Canal Rural