A redução da oferta ocorre por causa da estiagem entre maio e julho
A produção de laranja da safra 2018/2019 no parque comercial citrícola de São Paulo e Minas Gerais deve atingir 273,34 milhões de caixas (de 40,8 quilos), volume 5,19% inferior ao total de caixas apontado no primeiro levantamento, em maio. As informações foram divulgadas na segunda Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), do Fundo de Defesa da Citricultura-Fundecitrus (Fundecitrus).
A safra, se confirmada, representará queda de 31,4% sobre a oferta do ciclo 2017/2018, a segunda maior da história, de 398,35 milhões de caixas.
Segundo a entidade, a redução da oferta sobre a estimada anteriormente ocorre por causa da estiagem entre maio e julho, que foi mais severa que a prevista inicialmente. Os frutos colhidos de todas as variedades até o mês de agosto apresentaram peso médio abaixo do projetado. “As chuvas desse período estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento dos frutos e, consequentemente, com o peso que atingem na colheita”, informou a instituição.
As primeiras expectativas já indicavam um ano menos chuvoso, com acumulado previsto para esses três meses em torno de 101 milímetros em média no cinturão citrícola, índice 24% abaixo da média histórica. “Porém, o volume real de chuva acumulada nesse período ficou em 36 milímetros, 73% inferior à média histórica, configurando a pior seca para esses meses nos últimos dez anos analisados”, relatou.
“Somente em agosto foram observadas chuvas mais significativas e acima da média histórica nas regiões sul, sudoeste e na maior parte do centro, com média de 103 milímetros, enquanto no restante do cinturão citrícola a média, nesse mês, ficou em 38 milímetros”, informou.
Fonte: Canal Rural