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Safra 2018 deve ser 5,7% menor que a de 2017, diz IBGE
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Publicado em 10/08/2018

Produtos que não entram no cálculo da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas mas que têm peso importante na agricultura brasileira também foram analisados na pesquisa

A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas do país deve fechar o ano com 226,8 milhões de toneladas, 5,7% abaixo da produção de 2017, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de julho deste ano, divulgado nesta quinta-feira, dia 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área a ser colhida será de 61,2 milhões de hectares, praticamente a mesma do ano anterior, com aumento de 12.161 hectares frente a 2017 (0,02%).

Em relação a junho, a produção caiu 1,1 milhão de toneladas, com a área recuando 18.848 hectares. Grande parte dessa queda deve-se ao milho segunda safra, que teve a estimativa reduzida em 876.509 toneladas.

Entre as unidades da federação, Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 26,5%, seguido por Paraná (15,8%) e Rio Grande do Sul (14,3%). Somados, esses três estados representaram 56,6% do total nacional.

MILHO – Em relação a junho, a estimativa da produção está 1% menor. Houve queda de 1,2% no rendimento médio nacional. Após a safra recorde de 2017, a estimativa de produção em 2018 recuou 16,7%, totalizando 82,9 milhões de toneladas.

1ª safra de milho já foi colhida. Em julho, houve alta de 0,3% na produção, principalmente com o aumento da estimativa da produção da Bahia (2,5% ou 46,8 mil toneladas) e Ceará (9,1% ou 36,3 mil toneladas). A área cultivada abrangeu 5,1 milhões hectares, com recuo de 9,6% em relação a 2017, já que  a soja oferecia melhor relação custo-benefício na época.

Para a 2ª safra, em boa parte das regiões o plantio foi tardio devido ao atraso das chuvas. A produção está estimada em 56,9 milhões de toneladas, numa área de 11,5 milhões ha. No mês, recuaram a estimativa da produção (-1,5%) e o rendimento médio (-2%).

SOJA  – Na safra 2018, a produção brasileira de soja representa mais um recorde da série histórica do IBGE. No total, o país colheu 116,4 milhões de toneladas, aumento de 1,2% em relação a 2017. Apesar do atraso das chuvas, por ocasião da época de plantio da safra verão, após o início do período chuvoso, apenas na Região Sul, houve redução da produção: Rio Grande do Sul (-7,2%), Paraná (-2,8%) e Santa Catarina (-1,9%), em decorrência de restrição de chuvas.

TRIGO – A estimativa para a produção brasileira de trigo na atual safra é de 5,4 milhões de toneladas, redução de 4,1% em relação ao mês anterior. Embora a área plantada e a área a ser colhida tenham aumentado 0,9%, o rendimento médio declinou 5%, em decorrência de problemas climáticos enfrentados pelas lavouras. Em 2018, ainda é esperado um aumento de produção de 28,1% em relação a 2017, ano em que o clima desfavorável marcadamente prejudicou as safras gaúcha e paranaense.

CANA-DE-AÇÚCAR – Este é o principal produto que não entra no cálculo da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas, já que é o maior produto agrícola do país em volume. Para a cana, é esperada uma safra 0,4% maior do que a de 2017. A projeção é, no entanto, 0,1% menor do que a feita em junho.

CAFÉ – Também deverá ter alta em relação a 2017, de 23,6%, mas o resultado é 0,1% menor do que o previsto na pesquisa de junho. Outro produto com esse comportamento é o tomate, cuja produção prevista em de julho é 2,1% menor do que a de junho e que, portanto, deverá ter aumento de apenas 1,4% em relação a 2017.

Os demais produtos com produção maior do que 1 milhão de toneladas deverão ter queda em relação a 2017. 

Fonte: Canal Rural

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