Em algumas áreas, não chove há mais de 30 dias. A segunda safra de milho é a mais atingida.
A seca está comprometendo lavouras do Paraná e Mato Grosso do Sul. A segunda safra de milho é a mais atingida.
Numa fazenda, em Bandeirantes, região central do estado, o agricultor Edgar Massoti, plantou mil hectares de milho. Investiu em sementes de qualidade, adubação e controle de pragas. Mas foi o clima o pior inimigo neste ciclo.
“A lavoura foi implantada com uma expectativa boa de colheita, vinha se desenvolvendo bem, só que infelizmente mesmo que chova não tem mais volta. Não recupera mais”, diz o agricultor.
Em algumas áreas, não chove há mais de 30 dias. A estiagem foi justamente no período em que a planta mais necessita de água para o desenvolvimento e enchimento dos grãos.
Em outra propriedade, mais prejuízos. Um talhão que foi semeado há 70 dias e as plantas deveriam estar bem maiores. Mas elas quase não desenvolveram, estão pequenas com folhas amareladas, muitas nem soltaram espigas. As poucas que apareceram estão pequenas.
Dos 400 hectares plantados neste ciclo, apenas 100 devem ser colhidos e se não chover nos próximos dias, o prejuízo pode aumentar.
"Não compensa nem colher, porque o cenário que está aqui, muita estiagem muito tempo e infelizmente não dá”, explica o gerente de fazenda, Sildo Klagienberg.
De acordo com o Sindicato Rural, 65% da produção do município está comprometida. " A produção estimada de todo mundo aqui é de 100, 110 sacas com essa perda vai ser reduzida para 30, 35 sacas como nesse milho”, fala o relações públicas do Sindicato Rural de Bandeirantes, Luis Antônio Bannak.
A estiagem também atinge os agricultores do Paraná. A última chuva na região foi oito milímetros, São mais de 30 dias sem uma chuva significante.
A Paula pretende plantar 675 hectares de trigo, na fazenda em Cascavel. Mas sem água, pouca coisa foi semeada. O que ela plantou até agora foi no pó, apostando que a chuva venha nos próximos dias e faça a semente germinar.
“Se a chuva não vier, paciência, a gente tem que arriscar. Demorar mais que isso não dá por causa da safra de verão que é a soja, se a gente esperar muito esse trigo não vai sair pra soja entrar", explica Paula.
Essa é a realidade de centenas de produtores da região que vão investir no trigo. O plantio está com quase três semanas de atraso. O plantio aconteceu em apenas 5% e quase tudo foi plantado no pó.
A falta de chuva também compromete as lavouras de feijão e de milho.
Há previsão de chuva nos próximos dias para as duas regiões mostradas. A informação é da Climatempo.
Fonte: Globo Rural