Objetivo dos organizadores é superar a marca do ano passado, de US$ 17 milhões em vendas de máquinas agrícolas ao mercado externo durante o evento
Considerada uma das mais importantes vitrines tecnológicas do país, a Agrishow, feira realizada em Ribeirão Preto (SP), aposta em compradores internacionais para elevar o faturamento. A rodada de negócios promovida pela organização do evento aproxima empresas brasileiras e clientes de diversas partes do mundo. Com isso, a expectativa da feira é a de superar a marca de US$ 17 milhões em vendas de máquinas agrícolas ao mercado externo, atingida em 2017.
Nesta edição da Agrishow, foi realizada a 19ª rodada internacional de negócios. Mais de 300 encontros entre brasileiros e estrangeiros foram agendados. A gerente de mercado externo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Patricia Gomes, conta que a prospecção de clientes começa cinco meses antes do início da feira. Segundo ela, são analisados dados econômicos e quantitativos para identificar possibilidades de negócios e bons pagadores, elegendo, assim, países prioritários para a busca de compradores.
Para superar o nível de negócios internacionais do ano passado, a rodada vai reunir mais de 60 empresas brasileiras e 16 compradores do exterior. “As empresas que têm interesse em participar e fomentar as exportações se inscrevem em um portal feito em parceria entre a Abimaq e Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos]. Depois a gente insere as informações dos compradores que foram selecionados e esse sistema vai gerar um encontro de interesses”, diz Patricia Gomes.
A fabricante brasileira de máquinas e implementos agrícolas Jan quer atuar no Leste Europeu. Após o cadastro no sistema foram agendadas treze reuniões com clientes da região. Para o representante de vendas da empresa Heitor Kunzler, a rodada de negócios da Agrishow é uma oportunidade para atrair um novo comprador. “Aqui ele pode ver os equipamentos in loco e não apenas o material de divulgação, e isso dá uma dinâmica mais interessante, tendo esses visitantes aqui, conhecendo eles e tratando de negócios dentro da nossa casa”, afirma Kunzler.
Já o peruano Giorgio Huget, por outro lado, compareceu à Agrishow em busca de máquinas para plantio e colheita de arroz. “O maquinário brasileiro tem um boa relação entre qualidade e preço e é muito adequado para o mercado peruano”, diz.
Fonte: Canal Rural