Animais infectados eram provenientes da Venezuela e foram introduzidos ilegalmente em território colombiano; autoridades brasileiras afirmam que vigilância nas fronteiras foi reforçada
O Instituto Colombiano Agropecuário (ICA) informou nesta quarta-feira, dia 11, que testes realizados em 15 bovinos provenientes da Venezuela tiveram resultado positivos para febre aftosa. Os animais teriam sido sacrificados na sequência. Segundo o governo da Colômbia, os animais foram contrabandeados para o país. O registro da doença em território colombiano deixa em alerta o setor pecuário de Mato Grosso.
O governador do estado, Pedro Taques (PSDB), disse a jornalistas que vai redobrar a presença de técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) na fronteira com a Bolívia – o estado não faz fronteira com a Colômbia. A presidente do Indea-MT, Daniella Bueno, diz que as fronteiras brasileiras com a Colômbia e Venezuela foram reforçadas no ano passado e que há baixo risco de contaminação. "A fiscalização lá já está bastante intensa e temos uma facilidade por a região ser pouco permeável, ou seja, tem poucas entradas para o país", disse.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que emitiu alerta às Superintendências Federais de Agricultura do Amazonas e de Roraima para reforçar a fiscalização e vigilância na região de fronteira internacional, em virtude do foco na Colômbia. Segundo o Mapa, a ocorrência está localizada cerca de 600 km da fronteira mais próxima, no estado do Amazonas, sendo uma região de densas florestas e sem ocupação pecuária. A parte de maior importância para a sanidade animal fica na região de Pacaraima, em Roraima, cerca de 1.200 km da região de ocorrência da doença na Colômbia.
Fonte: Canal RUral